Fabiano Silva dos Santos, um dos principais articuladores do grupo Prerrogativas, foi indicado pelo presidente Lula para presidir a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Ele participou da equipe de transição como coordenador do grupo de previdência complementar em razão da experiência que possui nessa área, como sócio do escritório Mollo e Silva Advogados, com forte atuação em processos de defesa de dirigentes de fundos de pensão punidos em decorrência de decisões de investimentos consideradas, a posteriori, irregulares. Também dirigiu, antes de abrir junto com a esposa o escritório de advocacia, a chefia de gabinete da Funcef no mandato de Guilherme Lacerda, e a diretoria do Instituto de Previdência do MunicÃpio de São Paulo (Iprem) no governo de Fernando Haddad.
Ele vai dirigir uma empresa que estava na lista das privatizações do governo anterior. Um dos primeiros atos do presidente Lula ao assumir a presidência da República foi retirar os Correios da lista das empresas sujeitas à privatização. A estatal é vinculada ao Ministério das Comunicações, que é dirigida por Juscelino Filho, do União Brasil.
Além disso, os Correios patrocinam um dos mais problemáticos fundos de pensão, o Postalis, envolvido em processos por má versação dos recursos dos participantes e atualmente com um dos maiores programas de equacionamento de déficit do sistema.
Contando com amplo respaldo a equipe de transição, Santos foi um dos crÃticos aos abusos cometidos pela Operação Lava Jato, inclusive ao levar Lula à prisão por meio de expedientes irregulares que terminaram por justificar a anulação de processos nos quais o atual presidente era réu.
Formado em direito pela PUC de São Paulo, Santos possui mestrado em Direito PolÃtico e Econômico pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Estratégica de Empresas pela Facamp.
