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Peterson Paz é o novo head de operações do BNY Mellon Brasil

PetersonPaz BNYMellonO BNY Mellon anunciou nesta segunda-feira a nomeação de Peterson Paz como novo head de operações da instituição no Brasil, em substituição a Carlos Saraiva que ocupava a função até agora. Apesar da nomeação de Paz, Saraiva continuará na empresa até o final do ano fazendo junto com o novo head um processo de transição para evitar qualquer risco à operação. “Essa é a área mais sensível desse negócio, a transição está sendo feita de uma forma muito cuidadosa”, diz Paz.
Dos 500 profissionais que o BNY Mellon emprega hoje no Brasil, cerca de 300 estão na área operacional. Eles são responsáveis pelo controle de R$ 417 bilhões em recursos sob administração e R$ 318 bilhões em recursos sob custódia, pertencentes a 140 clientes, dos quais 90% são assets e 10% fundos de pensão. Globalmente, o BNY Mellon tinha cerca de US$ 41,7 trilhões em ativos sob custódia e/ou administração ao final de março último.
O BNY Mellon continua sendo o maior player independente do mercado brasileiro, mas ganhou um concorrente de peso com a compra pela Apex Group, na semana passada, da BRL Trust e, no ano passado, da área de administração e custódia de fundos alternativos do banco Modal. Com as duas aquisições, a Apex aproxima-se dos R$ 300 bilhões em ativos administrados e dos R$ 200 bilhões em ativos sob custódia, tornando-se o segundo maior independente do mercado brasileiro. “Evidentemente acompanhamos com atenção essa aquisição”, diz Paz, mas “não muda nossas estratégias de continuarmos focando em buscar novos clientes e, eventualmente, trazer alguns que estejam com a concorrência”.
Segundo Paz, uma das principais prioridades da sua área é dar prosseguimento aos investimentos em tecnologia, necessários para fazer frente às demandas sempre crescentes dos clientes e dos reguladores. Ele cita, por exemplo, o caso da Instrução CVM 617 publicada pelo regulador em 2020, que tornou obrigatório entre outras coisas uma verificação cadastral para conhecer quem está por trás dos fundos exclusivos que investem nos fundos condominiais. A rapidez dessa verificação, que é crucial para o mercado até porque por trás de muitos fundos exclusivos encontram-se clientes institucionais, depende de investimentos pesados em sistemas. “Estamos investindo muito em tecnologia, até para nos antecipar às mudanças regulatórias”, explica Paz ao lembrar que o mercado terá em breve novas regras em substituição à Resolução 555 da CVM.
Graduado em engenharia e administração pública e com pós-graduação em economia, Paz está há quase 6 anos BNY Mellon, onde até agora liderava as equipes de relacionamento com clientes e novos negócios da área de asset servicing na América Latina e Caribe. Antes de entrar no BNY Mellon, foi diretor-executivo responsável pelas áreas de relação com investidores e operações na Victoire/Hogan Investimentos, tendo sido head de relacionamento com clientes institucionais na Goldman Sachs e na Schroders e atuado em diversas posições sêniores ligadas à gestão de relacionamentos em grandes instituições, como Citi e Western.
Marcus Moraes assumirá como head de relationship management para o Brasil, tornando-se único responsável pela equipe que conduz os relacionamentos com os clientes de asset servicing no Brasil – até então, ele e Peterson dividiam a liderança dessa equipe.
Paz se reportará ao head de asset aervicing para a América Latina e Caribe, Lizandro Arnoni, e à global head de operações, Theresa Messina. “Peterson possui conhecimento sobre o mercado, nossa companhia e especialmente nosso negócio de Asset Servicing no Brasil. Estamos certos de que ele está muito bem preparado para assumir a função e que, sob sua liderança, nossas operações continuarão crescendo e garantindo uma entrega à altura das expectativas de nossos clientes”, afirma Arnoni.