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Valora espera dobrar volume sob gestão em FIDCs, para R$ 1 bilhão

carlos sartori ValoraGestora independente especializada em Renda Fixa Crédito Privado, Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs), Fundos Imobiliários e de Participações, com um total de R$ 3,8 bilhões sob gestão, a Valora Investimentos espera dobrar neste ano o volume de recursos que mantém sob gestão no segmento de FIDCs. Quer saltar de R$ 500 milhões que tinha até outubro para R$ 1 bilhão ao final do ano. Segundo o sócio Carlos Sartori, a gestora se prepara para lançar três novos FIDCs – um voltado ao crédito consignado público, um exclusivo lastreado em créditos de uma distribuidora de equipamentos de telecomunicações e um terceiro focado em empresas de logística.
“Este ano, os FIDCs estão sendo muito utilizados em soluções estruturadas de funding de longo prazo para as empresas. Enquanto o volume geral de emissões foi 14% menor no primeiro semestre de 2020, comparado ao mesmo período em 2019, o volume de emissões de FIDCs foi 20% maior, de acordo com dados da Anbima”, cita Sartori.
A adesão de grandes empresas como Braskem, Cielo, BRF e outras que passaram a usar esses veículos como instrumentos de captação de financiamento tem ajudado a alavancar a demanda pela estruturação de produtos junto à indústria de gestão. Empresas dos setores de agro, logística, energia, concessionárias de rodovias, construção civil, entre outros, estão demandando mais essas estruturas. Em especial, as companhias de geração distribuída de energia, que usam fontes renováveis, passaram a explorar as vantagens dos FIDCs. A geração distribuída é a energia elétrica produzida no local de consumo ou próximo a ele. Em 2019, lembra Sartori, houve um crescimento de mais de 200% na instalação de novos equipamentos em comparação com o ano de 2018, segundo dados da Greener e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Do lado dos investidores, os institucionais estão voltando a olhar para os FIDCs depois de experiências passadas que foram mal sucedidas. Essa volta acontece principalmente em fundos estruturados focados em empresas especificas e passa longe do modelo de multicedentes e multisacados, onde o giro das carteiras dificulta o controle”, pondera o gestor.
Para as empresas, a escolha do FIDC como opção ao crédito tradicional traz melhor gestão do capital de giro, isenção de IOF (custos competitivos), maior segurança e agilidade nas operações e acesso ao mercado de capitais como fonte de financiamento alternativa. “Para o investidor, os retornos são atrativos".