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Kinea busca oportunidades em desequilíbrios econômicos dos países

MarcoFreire KineaOs gestores de multimercados estruturados, operando fundos que têm maior capacidade para alavancagem assim como maior flexibilidade de alocações, estão atentos aos desequilíbrios das economias dos diversos países para explorar oportunidades que possam surgir nos mercados de juros, moedas e commoditires. “Estamos olhando essas oportunidades tanto no Brasil quanto nos EUA”, observa o diretor de fundos da Kinea, Marco Freire.
Com R$ 34 bilhões sob gestão em fundos líquidos, dos quais grande parte em multimercados estruturados, a Kinea observa as consequências da alta liquidez internacional, derivada das injeções de recursos dos Bancos Centrais. “Estamos atentos aos excessos fiscais nos EUA, cujo déficit fiscal já atinge 13% do PIB, o que indica que as posições em juros vão subir porque a curva de dez anos parece muito baixa”, afirma o gestor. “Já são visíveis os primeiros sinais de que o reaquecimento da economia global, pós-vacina, vá produzir descompasso entre oferta e demanda de insumos e produtos”.
Segundo Freire, os hedge funds nos EUA e multimercados estruturados no Brasil tendem a continuar em alta porque “tem muita coisa acontecendo no mundo, incluindo uma perspectiva de alta para algumas commodites, como o petróleo e o cobre”, pondera Freire. Na bolsa, as apostas focam as grandes ações de tecnologia e o setor de semicondutores
O multimercado Atlas da gestora, de perfil agressivo, opera com volatilidade de 7% a 8% ao ano e mantém atualmente 60% de seu risco no exterior e 40% no Brasil, alocando nas grandes classes de commodities, juros, moedas e bolsa. “Caso o receio com o período eleitoral no Brasil cresça, poderemos voltar a comprar mais risco no Brasil do que no exterior pois esses movimentos nos multimercados dependem de como os preços dos ativos se movem; nessa classe, o pessimismo com a economia brasileira poderá abrir oportunidades” pontua o gestor.