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Gama vê rebalanceamento de carteiras com alta da Selic

A Gama Investimentos, gestora focada especialmente em feeder funds de exterior e estratégias locais discricionárias de crédito privado, avalia que a subida da Selic para 8% a 9% no final deste ano deve provocar um rebalanceamento das carteiras em direção à renda fixa, o que aliás já está ocorrendo. “O ano de 2022 será confuso e, além das questões locais, há uma preocupação visível nas análises dos grandes gestores internacionais diante de uma possível nova “reversão secular”, explica diz o sócio e gestor Ian Cao. Segundo ele, essa reversão traria um cenário inédito de movimentos monetários porque, depois de 13 anos de políticas expansionistas, desde a crise de 2008, o mundo passaria a conviver com mais inflação e alta dos juros globais.
Com R$ 3 bilhões sob gestão, a Gama atua com quatro gestoras internacionais –Bridgewater, Oaktree, Man Group e Acadian. A gestora acabou de lançar dois fundos da Bridgewater para investidores qualificados, no conceito all weather, ou seja, portfolios globais balanceados e que buscam performar bem em qualquer ambiente econômico. Um deles segue também os critérios de sustentabilidade, o Lyxor/Bridgewater All Weather Sustainability.
“O escopo de produtos e mercados a serem investidos lá fora é muito amplo, as opções para diversificar são infinitas em comparação ao que temos no Brasil, como por exemplo os fundos de ações globais que alocam na China e que devem ver seu espaço crescer”, aponta Cao. Ele lembra que o Brasil começa a fugir do home bias criado pelas décadas de juro alto e o nível de instrução financeira adquirido pelas pessoas poderá ajudar a manter a diversificação no horizonte apesar do novo ciclo de alta da Selic.