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Incertezas fiscais aquecem demanda por fundos de crédito privado

Alexandre MullerJGPO ciclo de alta da Selic, que reduziu de 4% para 1,8% ou menos os spreads sobre o CDI pagos pelos emissores de títulos privados desde o pico da crise da Covid no ano passado, contribui para aumentar o fluxo de recursos para os fundos de crédito privado. Essa movimentação também está ligada à demanda dos investidores por um “abrigo seguro” na renda fixa pós-fixada à medida que aumentam as incertezas fiscais e no cenário macro doméstico, avalia o sócio da JGP Asset Management, Alexandre Muller.
Como resultado, a amostra proprietária criada pela gestora e que acompanha 154 fundos de crédito privado dedicados, revela captação de R$ 10 bilhões este ano, o que elevou o PL total dessas carteiras de R$ 60 bilhões para R$ 70 bilhões, informa Muller.
Na JGP, que tem atualmente R$ 3,8 bilhões sob gestão em fundos de crédito, a captação líquida do segmento já atinge R$ 600 milhões este ano até agora. “O mercado de crédito vive um momento bastante positivo, passa por várias transformações estruturais relevantes e é beneficiado pelo movimento de elevação dos juros; essa alta deve prosseguir, com a Selic chegando a 8% no final deste ano e a 8,5% no final de 2022”, projeta o gestor.