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Nova divisão de negócios da Cultinvest dá assessoria à fintechs

Alexandre Zakia CultinvestA Cultinvest, asset com cerca de R$ 8 bilhões em recursos sob gestão, está inaugurando uma nova divisão de negócios voltada a prestar assessoria do tipo 360 graus a fintechs. Segundo o fundador e CEO da asset, Alexandre Zakia, o objetivo é fornecer desde mentoria aos novos empreendimentos, ajudando a aprimorar seu foco de negócio e de produtos, até assessoria nas áreas financeira, tecnológica e jurídica.
A nova divisão, que será comanda pelo mais recente sócio da Cultinvest, Robson Campos, tem o nome de Assetech. Robson foi um dos criadores da Acqio, uma adquirente de cartões de crédito focada em microempreendedores que recebeu investimento da Siguler Guff em 2018 e da XP no início deste ano. Ele vendeu sua parte na Acqio e recentemente se associou à Cultinveste com a missão de coordenar o relacionamento com as fintechs.
A Assetech já está mandatada de seis fintechs, sendo duas na área de crédito consignado, uma de home equity, uma de financiamento a pequenas e médias empresas, uma de seguro e uma de consórcio. Elas devem receber cerca de R$ 750 milhões em funding fornecido pela Cultinvest nos próximos doze meses, através de FIDCs ou outras modalidades de financiamento a serem definidas, informa Zakia. Esse valor, segundo o executivo, pode alcançar R$ 2 bilhões no segundo ano de operação das mesmas.
Além das seis fintechs já com mandatos assinados, a Assetech tem outras sete operações em prospecção. São empresas já em funcionamento, com um ano e meio ou dois de mercado, nunca projetos ainda no papel, explica Zakia. Ao receber a nova empresa a Assetech promove uma devassa em sua contabilidade, planos, projetos e produtos, a fim de prepará-la para um período de crescimento. Isso envolve a mentoria dos sócios da Cultinvest —além de Zakia participam também os novos sócios Bruno Amadei e Robsom Campos, além de um advogado contratado. A preparação da nova empresa envolve também planejamento financeiro, com estudos de modalidades para captação de recursos, e assessoria tecnológica e jurídica.
A gestora - A Cultinvest tem atualmente cerca de R$ 8 bilhões sob gestão, a maior parte em FIPs e FIDCs montados em operação com parceiros externos, que aportam os recursos. Tem também uma área de fundos abertos, que está sendo preparada para ir à varejo através das plataformas de distribuição, com um fundo de ações long only que deu 15% de alfa no acumulado dos últimos dois anos e um fundo de crédito privado que estará sendo aberto em breve. E a Assetech, que é a mais nova aposta da casa para participar do boom de fintechs que o mercado vive.