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Para Captalys, IPO é um meio de acessar capitais e não fim em si

margot GreemanCapitalysCom R$ 12 bilhões sob gestão em sua plataforma de infraestrutura de crédito, a gestora Captalys vê a perspectiva de fazer um IPO na B3 como um meio adicional de acessar capitais e não como uma finalidade em si, informa Margot Greenman, sócia fundadora e CEO.
Fundada em 2010 e com mulheres entre suas principais lideranças, a empresa solicitou em setembro de 2021 o registro para fazer a oferta pública inicial (IPO), mas não tem planos imediatos para isso. “O IPO é um meio, entre outros, para acessar capital e trazer acionistas, então ele é sempre uma meta para que possamos fazer a intersecção entre os mercados de crédito e o de capitais”, diz Greenman.
A executiva lembra que a DTVM lançada pela Captalys, em agosto do ano passado, já atingiu R$ 6 bilhões, impulsionada pelo fato de ser focada exclusivamente em crédito e dedicada ao mercado de direitos creditórios”, afirma.
Greenman acredita que o ambiente poderá ser favorável à Captalys, já que há uma migração para ativos de menor risco na bolsa e a empresa tem histórico de bons resultados em renda fixa alternativa. “Somos uma empresa em crescimento e há setores crescendo, como o das fintechs, mas as empresas de setores tradicionais também mostram resiliência; empresas com teses abrangentes na criação de novos mercados, como a nossa, têm oportunidade para crescer e ocupar espaços à medida que o mercado de capitais entra no mercado de crédito”.
Frente à situação de incerteza gerada pela tensão geopolítica entre Rússia e Otan, com a invasão da Ucrânia, ela avalia que algumas forças macro, como a pressão sobre os preços das commodities e do petróleo podem ajudar países produtores, como o Brasil, em fatores micro. “A apreciação do real pode ajudar a segurar pressões inflacionárias locais mas a inflação e as instabilidades de ano eleitoral não vão desaparecer,há bastante volatilidade".