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Santander amplia equipe e aposta em crescimento junto aos RPPS

MarcioGiannicoSantanderCom R$ 4,04 bilhões em recursos de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) ao final de 2021, um volume considerado baixo para um banco que há 21 anos comprou o Banespa, na época um dos maiores gestores de recursos de RPPS, o Santander quer voltar a crescer no segmento. “Queremos chegar aos R$ 5 bilhões nesse segmento ao final deste ano”, diz Márcio Giannico, que comanda a área do banco responsável por relacionamento com governos, na qual estão inseridos os RPPS.
De acordo com o profissional, a meta foi estabelecida ao final do ano passada, após uma análise que detectou boas perspectivas de crescimento para esse segmento. De um lado, tem havido um aumento das contribuições dos participantes a esses regimes, e de outro, há um maior equilíbrio por conta da reforma da previdência que muitos municípios já implementaram. Giannico diz acreditar que a combinação desses dois fatores levará o sistema dos RPPS, atualmente com cerca de R$ 250 bilhões em investimentos, a crescer significativamente nos próximos anos.
O banco contratou quatro especialistas com a missão específica de ampliar o relacionamento com o segmento. Eles se juntam a um time de 40 profissionais que cuidam da área de relacionamento com governos, que embora não sejam especialistas em RPPS atuam como um primeiro contato com os institutos, oferecendo os produtos e serviços do banco e, quando há uma demanda mais específica, repassam a demanda para os especialistas.
O Santander tem atualmente relacionamento comercial com cerca de 170 RPPS, de municípios localizados principalmente no interior paulista, na região metropolitana de São Paulo e no estado do Rio de Janeiro. Em outros estados a presença ainda é tímida. O objetivo é expandir o relacionamento nas regiões onde a presença é menor, principalmente do Norte e Nordeste.
De acordo com Giannico, o plano de crescimento junto ao segmento dos RPPS será tocado a quatro mãos, em parceria com a asset do banco, a Santander Asset Management (SAM). De acordo com Rudolf Gschliffner, superintendente executivo de produtos da SAM, a gestora ajudará a detectar as necessidades dos intitutos para oferecer as melhores soluções.
Na opinião de Gschliffner, os RPPS vêm desacelerando o movimento de migração de fundos pré-fixados, sejam IMA-B ou IRFM, para títulos públicos (NTNBs). Não que tenham interrompido esse movimento, até porque nesse nível de juros ainda encontram títulos pagando 6% líquidos, mas alguns já começam a olhar oportunidades na diversificação com os pré-fixados. “Não em pré muito curtos, mas nos intermediários, um pouco mais longos”, analisa Gschliffner.
Segundo ele, outro produto adequado para os RPPS são os fundos de crédito privado, basicamente conservadores, com alocação principalmente em créditos corporativos e bancários, e numa proporção menor, em LFTs e operações compromissada. “É algo que os RPPS estão demandando muito”, diz. Além disso, a casa também oferece aos institutos fundos DIs, fundos de ações e fundos de investimento no exterior.