Um total de 22 fundos de ações e de renda fixa se identificaram como sustentáveis ou em conformidade com práticas ESG no período de janeiro a julho último, de acordo com as novas regras da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Desses, 17 têm a sustentabilidade como propósito e ganharam o sufixo IS no nome, de Investimento Sustentável. Os outros cinco integram as práticas ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês) em seus processos de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal. Eles poderão usar em seus materiais promocionais a frase "esse fundo integra questões ESG em sua gestão".
"Acreditamos que, com o tempo, esse número cresça, principalmente dos fundos que consideram práticas ESG. Essa integração se tornará cada vez mais default na indústria, enquanto os fundos com tese de investimento sustentável permanecerão como produtos de nicho, ou seja, existirão em menor quantidade, como já acontece em outros países”, afirma Carlos Takahashi, vice-presidente da entidade.
Segundo ele, a maior integração ESG está atrelada à pressão dos investidores – ainda tímida no Brasil. De acordo com pesquisa da ANBIMA, apenas 4% das instituições levam em consideração os critérios ESG por conta da demanda de clientes. “Quanto mais os investidores exigirem posturas sustentáveis das empresas e dos produtos, mais esse mercado deslanchará”, explica Takahashi.
