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Solis atinge R$ 10 bilhões sob gestão

A Solis Investimentos atingiu em agosto a marca de R$ 10 bilhões em ativos sob gestão, 60% desse montante em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)  dedicados, 30% em fundos que adquirem cotas de FIDCs e 10% em produtos ilíquidos, incluindo um fundo previdenciário lançado em dezembro de 2021. O pano de fundo para o crescimento desse mercado este ano está ligado ao desempenho favorável da renda fixa. “Temos visto uma demanda forte dos investidores por fundos que compram FIDCs tanto nas plataformas de investimento como por family offices e por alocadores, que buscam criar produtos exclusivos com esse foco”, explica Ricardo Binelli, sócio e diretor responsável pela gestão de produtos de crédito estruturado.
Além disso, o fundo previdenciário, criado em parceria com a XP Seguradora e que começou a captar em dezembro passado, já tem patrimônio próximo de R$ 400 milhões. “Tem crescido bem esse fundo, que casou o perfil high grade com um percentual de FIDCs para garantir menor volatilidade e maior rentabilidade do que outros produtos previdenciários”, diz. Para atender a essa demanda crescente, a gestora também originou FIDCs dentro da própria casa, em parceria com outros originadores.
A perspectiva é de que a demanda siga firme no início de janeiro de 2023, até porque o ciclo de queda dos juros deve demorar, o que mantém a renda fixa competitiva. O apetite está em alta também na frente dos tomadores de recursos, diz Binelli, o que inclui pequenas e médias empresas buscando acesso a crédito, muitas delas atentas à sazonalidade de suas vendas no final do ano, assim como grandes empresas que procuram o FIDC como alternativa para melhorar seus balanços e conseguir uma aproximação com o mercado de capitais.
“O fato é que o investidor descobriu a capacidade do FIDC para agregar uma relação risco/retorno interessante à sua carteira, o que tem impulsionado o seu apetite tanto nas plataformas quanto do lado de family offices, que devem gerar novos mandatos”, espera o gestor.
A casa participa atualmente de dois processos de due diligence promovidos por fundos de pensão de grande porte e que estão interessados em discutir alternativas de investimento dentro da classe de crédito privado.