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Franklin Templeton quer ampliar acesso a estratégias de exterior

AssadurianLuizFelipeFranklinTempleton 21dezCom R$ 644 milhões de patrimônio em fundos locais que dão acesso às suas estratégias de investimento no exterior, a Franklin Templeton no Brasil quer ampliar sua participação no mercado de investimentos internacionais, seja por meio da unidade de feeder funds, seja pelo avanço do projeto para fazer crescer sua área de investment solutions.
Hoje com R$ 1,1 bilhão em gestão contratada, quatro clientes e perfil de “alfaiataria de investimentosâ€, a unidade de solutions tem mandatos customizados para clientes que em sua maior parte são fundos de pensão.
“Começamos esse projeto em 2018 e a ideia é democratizar mais os produtos da área de solutions para atender também fundos de pensão de médio e pequeno porte, com a possibilidade de oferecer mandatos customizados para quem quer começar menorâ€,diz Luiz Felipe Assadurian, vice presidente executivo de vendas.
Sob o comando de Daniel Popovich, a unidade pretende expandir o número de mandatos e estar próxima dos clientes. “O objetivo é oferecer um processo de investimento que seja adequado ao investidor brasileiro, com retorno e gestão de risco bem encaixados no restante de seu portfolioâ€, afirma Popovich.
Um dos destaques é o multimercado customizado para a Quanta Previdência. “Os fundos de pensão brasileiros passaram a demandar produtos mais sofisticados de alocação no exterior, deixando para trás aquele primeiro momento em que preferiam fundos de investimento global para acessar estratégias específicas, como as de infraestrutura, tecnologia, small caps nos EUA e outrasâ€, explica o gestor.
Os setores de infraestrutura e utilities figuram entre as principais apostas, até porque são atividades que têm recebido diversos pacotes robustos de incentivos do governo dos EUA, assim como os setores ligados à frente das energias renováveis.
“Entre as 15 opções de investimento no exterior que oferecemos via feeders, a tese de infraestrutura em ações globais é a mais aderente às metas atuariais das fundações brasileiras, que buscam retornos de 5,5% acima da inflação das economias do G-7â€, diz Assadurian.

Transferências - A gestora recebe no momento um grupo de seis feeder funds de exterior da Western Asset Brasil, como decorrência da compra da Legg Mason pelo grupo Franklin Templeton há dois anos. Um desses feeders, que já tem novo nome mas aparece no ranking dos Melhores Fundos para Institucionais, da revista Investidor Institucional ainda com o nome antigo, é o Franklin ClearBridge Infrastructure Value FIA IE. Desse grupo de seis feeder funds, dois já fizeram a transição para a nova casa e quatro ainda passarão pela mudança.
Além do fundo de infraestrutura, estão em transição também o Legg Mason Clearbridge Us Large Cap Growth FIA IE; Legg Mason Martin Currie Global Long Term Unconstrained FIA IE; Legg Mason Royce Us Small Cap Opportunity FIA IE; Legg Mason Martin Currie European Unconstrained ESG FIA IE e Franklin Brandywine Global Income Optimiser FIM IE.
“Na prática é uma transição mais operacional, porque a Franklin Templeton no Brasil já representa comercialmente todas as seis estratégias envolvidas e sua gestão no exterior será feita por outras assets pertencentes ao grupo, como acontece no caso desse fundo de infraestrutura, que tem US$ 3,5 bilhões lá fora e sempre foi gerido pela ClearBridgeâ€, informa Assadurian. A decisão de transferi-lo está ligada ao objetivo de oferecer mais produtos aos fundos de pensão brasileiros.
A holding Franklin Resources controla mais de 20 gestoras de recursos no mundo, com um volume de US$ 1,4 trilhão sob gestão.