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Fundos da Infinity abrem nesta semana para resgates em D+75

investimentos1A Infinity Asset deve abrir nesta segunda-feira (6/3) o prazo para resgates do fundo Lotus e na terça-feira (7/3) o prazo para resgates do fundo Tiger. Na última sexta-feira (3/3) a asset já havia aberto o prazo para resgates das aplicações no fundo Select. Os três fundos de renda fixa da gestora, que contam com aplicações de investidores institucionais, principalmente Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), estavam fechados para aplicações e resgates desde 8 de fevereiro em razão de “aumento repentino e atípico†de resgates que fez com que o patrimônio da asset caisse de quase 1 bilhão para menos da metade na data do fechamento. Apenas o Select, o maior dos três, caiu de R$ 680 milhões para R$ 280 milhões.
As assembléias de cotistas que aprovaram a reabertura dos fundos para resgates ocorreram na semana passada, em três dias consecutivos –28 de fevereiro para o Select, 1º de março para o Lotus e 2 de março para o Tiger. As assembléias aprovaram a reabertura dos fundos para resgates em D+75, com o pagamento ocorrendo no 76º dia.
Os pedidos “repentinos e atípicos†de resgate no início de fevereiro surgiram em decorrência de rumores de que os ativos dos fundos estariam “derretendo†após a gestora perder, em dezembro do ano passado, o selo de Melhores Práticas da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), por divergências em relação a metodologia de cálculo nas operações de renda fixa. No entendimento da Anbima a metodologia usada pela gestora implicava em descumprimento das melhores práticas de mercado, com investimentos violando os limites previstos nos regulamentos, falhas no processo de acompanhamento dos riscos de crédito das operações e falhas na administração de potenciais conflitos de interesses, entre outros.
A decisão da Anbima de retirar o selo de Melhores Práticas da gestora foi tomada em dezembro de 2020, mas escudada em parecer de especialista que validava sua metodologia a Infinity tinha conseguido barrar na Justiça do Rio de Janeiro sua implementação e adiar por dois anos seus efeitos. Em dezembro do ano passado, no entanto, a associação venceu essa restrição judicial e retirou da gestora o selo de Melhores Práticas.
Na sequência vieram os rumores de “derretimento†dos ativos e o “aumento repentino e atípico†de resgates, levando a RJI, administradora dos fundos, a fechar em 28 de fevereiro deste ano os três fundos para resgates, todos até então com resgates em D+0. Segundo a administradora, isso evitou uma situação de “transferência de riquezas†entre os cotistas.
A reabertura, decidida nas assembléia de cotistas realizadas na semana passada, se dará com os resgates em D+75. Após transcorridos esses prazos, novas assembléias serão convocadas para discutir a volta dos fundos Lotus e Tiger aos prazos de D+0. Já no caso do Select, uma nova assembleia deverá ser realizada em até 15 dias para decidir pela substituição da gestão da Infinity por outra asset.