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Gestoras de patrimônio cresceram 21% em 2022, para R$ 385 bilhões

grafico 5As gestoras de patrimônio administraram um total de R$ 385,4 bilhões em 2022. O volume representa uma alta de 21,2% em relação ao ano anterior, quando tinham R$ 318 bilhões segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Parte do impulso se deve principalmente ao aumento da oferta de produtos de renda fixa, afirmou o diretor Fernando Vallada. “É natural que, em um cenário de juros altos, os gestores busquem ativos mais seguros para compor a carteira de seus clientes”, disse.
Embora na liderança, as estatísticas divulgadas pela associação mostram que houve uma leve diminuição da participação da renda fixa, que caiu de 40,5% para 40,0%. Dentro dessa categoria, 51% do volume está em fundos de renda fixa ou de títulos públicos, com aportes de R$ 45,7 bilhões e R$ 33,1 bilhões, respectivamente. Os FIDCs (Fundo de Investimento em Direito Creditório) têm R$ 19 bilhões, e as debêntures, R$ 11,7 bilhões.
Em relação à renda variável, que representa 26% do patrimônio consolidado das gestoras, os aportes aumentaram 40% no ano, saindo de R$ 71,5 bilhões em dezembro de 2021, para R$ 100,3 bilhões no final de 2022. O salto foi causado principalmente pelo aumento na participação em cotas de ações, que saiu de R$ 47 bi para R$ 82 bi no período.
Os aportes nos fundos de previdência aberta aumentaram 27%, de R$ 7,1 bilhões para R$ 9 bilhões. As cotas nos FIPs (Fundos de Investimento em Participações) aumentaram 18% no período, chegando a R$ 23 bilhões. Já os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) tiveram uma leve alta, passando de R$ 11,6 bi para R$ 12,1.
Nos dados separados geograficamente, o estado de São Paulo detém a liderança do setor, com R$ 244 bilhões em volume financeiro -alta de 28% sobre o ano anterior, com protagonismo da região metropolitana, que registrou alta patrimonial de 60% no período, enquanto a quantidade aportada do interior paulista aumentou 4,5%.
Em segundo lugar está o estado do Rio de Janeiro, com R$ 61 bilhões em patrimônio, aumento de 12% ante 2021. O maior salto registrado no volume foi da região Centro-Oeste, com aumento de 47% sobre o ano anterior, chegando a R$ 7,1 bilhões.