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Schroders amplia acordos com seguradoras na gestão de VGBL e PGBL

Daniel Celano1A Schroders no Brasil está empenhada em continuar crescendo junto aos fundos de previdência aberta VGBL e PGBL . A gestora ampliou a captação líquida desses produtos em 2022, via plataformas e planos corporativos, com R$ 250 milhões de expansão. Sua atuação, que até o ano passado incluía parceria com quatro seguradoras, passou para cinco este ano. “Temos buscado maior presença entre as seguradoras de três a quatro anos para cá e ao longo desse período saímos de uma única seguradora para as cinco atuais, mas o ano passado foi o de maior crescimento na captação líquida desses fundos”, afirma Daniel Celano, diretor-presidente da gestora.
Celano destaca o multimercado PGBL/VGBL como um dos destaques da prateleira de previdência aberta, pela baixa volatilidade, baixo nível de risco e busca de retornos superiores ao CDI a longo prazo. Segundo o executivo, a previdência aberta é uma das apostas da casa para 2023 porque, ao contrário dos fundos de pensão que têm tido redução de patrimônio em alguns planos de benefícios, os planos PGBL e VGBL têm apresentado crescimento constante. “Entram recursos todos os dias nas plataformas, então queremos ter mais VGBLs e também mais seguradoras. Nosso objetivo é ter capilaridade para atender desde os fundos de pensão até as seguradoras”, afirma.

Investment solutions - Em 2022, sob a influência de fatores negativos e positivos nas diversas classes de ativos, a casa conseguiu fechar o ano com captação de R$ 200 milhões em sua área de investment solutions internacional, além de ter compensado com o crescimento no crédito privado as perdas nos feeders, principalmente em ações globais. “Perdemos 40% menos do que crescemos nas outras classes Além disso, insistimos no investment solutions internacional, jogando principalmente na renda fixa”, diz Celano. A área continua a conviver com a baixa visibilidade do cenário para este ano mas a casa tem recebido mais pedidos de propostas. “É incerto ainda o cenário, mas vemos oportunidades em 2023 tanto na renda fixa local como global, que começa a fazer sentido agora. A nossa meta é atingir R$ 400 milhões em investment solutions”, afirma.

Aversão a risco - Para os fundos de pensão, há preocupações com o cenário global criado pela crise bancária nos EUA. “No entanto, a crise agora é bem diferente daquela de 2008 e os reguladores nos EUA e na Suíça entraram rapidamente, então não vejo grande risco de contágio, mas de qualquer modo aumenta a aversão a risco”, diz. A única maneira de amenizar isso é trabalhar para gerar performance e preservar o capital dos investidores. ”Aumentamos as carteiras de Letras Financeiras diante da maior volatilidade no crédito, mas tem termos de risco nesse mercado estamos confortáveis”, afirma.
O principal fato em relação ao cenário internacional é que os mercados começaram este ano mais otimistas mas sofreram uma mudança radical diante das preocupações com a crise bancária nos EUA, por enquanto localizada”, avalia Huang Seen, CFA e líder de renda fixa na Schroders.
Na margem, ele estima que isso deverá contrair a concessão de crédito pelos bancos e o mercado já trabalha com cenário mais recessivo. “No entanto, os bancos centrais sinalizam que não vão apertar tudo o que poderiam em suas políticas monetárias, então há uma desaceleração nos ativos de risco mas há também boas oportunidades na renda fixa lá fora, com juros de 4% a 5% em créditos de alta qualidade”, enfatiza.