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Crédito de carbono será um ativo central em 5 anos, diz Stratus

Álvaro GonçalvesStratusOs investimentos em crédito de carbono serão centrais nas carteiras de ativos em cinco anos, de acordo com o CEO da Stratus Investimentos, Álvaro Gonçalves, em palestra durante evento da revista Investidor Institucional, realizado em São Paulo nesta quinta-feira (27/4).
“Dentro de cinco anos, a carteira bem avaliada será aquela que tiver rendido bastante e gerado créditos de carbono”, avalia. Ele diz que o ativo está se popularizando de maneira crescente no mercado e lembra que os FIPs (Fundo de Investimento em Participação) capazes de gerar esse tipo de ativo deverão registrar forte crescimento nos próximos anos.
O executivo afirma que a exposição dos fundos de pensão aos crédito de carbono por meio dos FIPs pode oferecer uma importante oportunidade de diversificação de suas carteiras de investimentos, com número muito maior de ativos do que na bolsa.
Ele ressalta, no entanto, que é necessário entender os tipos de ativos adquiridos e o fato de que os investimentos em private equity sofrem o efeito da iliquidez.. “As transições no mercado de capital privado são mais lentas e traumáticas em comparação ao mercado de ações”, diz.
Além disso, o atual ambiente macro econômico replica o conceito representado pela sigla VUCA- ,volatility, uncertanty, complexity & ambiguity. O conceito foi definido pelos militares envolvidos na guerra do Golfo para definir o cenário de alta instabilidade, que pode ser encontrado hoje na economia e que reduz o apetite pelo risco.
"De 2021 para cá, o ambiente macro tem sido VUCA pois há um movimento tectônico de juros e de inflação, o que torna difícil apostar nas classes de ativos protegidas. O ideal nesse cenário é diversificar", lembra.

Comprando participações - As oportunidades no setor de private equity e venture capital também foram defendidas pelo CEO da Spectra Investimentos, Renato Abissamra Filho. “A lógica do investimento é a mesma que a da bolsa. Você esta comprando participação da empresa”, diz. O fundamentalismo. porém, está muito mais presente e mais crível nos FIPs, até porque, devido à exposição da bolsa às variações macroeconômicas, os ativos acabam eventualmente sendo mal precificados. “Muitas vezes o valor da empresa da bolsa não representa a realidade”, afirma.