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Crise da Americanas não afetou FIDCs da Solis

A Solis, gestora com R$ 13,5 bilhões sob gestão, sentiu os reflexos da crise na Americanas em três de seus FIDCs que tinham a empresa como devedora, mas em dois deles as carteiras não tiveram inadimplência porque eram créditos muito curtos. No terceiro, um fundo com R$ 450 milhões, o total envolvido foi de R$ 3 milhões. “O fundo recomprou os créditos e não houve impacto nem nos fundos nem nas cotas sêniores”, diz Ricardo Binelli, sócio e diretor de gestão de recursos.
Com carteiras pulverizadas, ele informa que não houve maior reverberação dos episódios nos FIDCs da casa, pois havia exposição diminuta a Americanas e praticamente inexistente no caso da Light. Apesar do efeito negativo da crise sobre o mercado de crédito, o fundo flagship da gestora está com captação líquida de R$ 325 milhões no ano e o Antares Light de R$ 62 milhões, ambos destoando do mercado que teve captação francamente negativa.

Resolução CVM nº 175 - A Solis aguarda a entrada em vigor da Resolução CVM nº 175, cujo arcabouço começará em outubro a flexibilizar as regras de investimento em FIDCs, permitindo que sejam oferecidos ao varejo. O Antares Light, fundo da casa que só compra cotas sêniores, “já está muito próximo do que é exigido pela norma”, explica Binelli.
Segundo ele, “nossa percepção é de que há um esforço do Banco Central para aumentar a oferta de crédito fora do sistema bancário, o que tende a incentivar diversas inteligências novas no universo dos FIDCs, como por exemplo a compra de créditos de consórcios. O FIDC anteciparia esse pagamento e ficaria credor do grupo, de modo a tornar as cotas adimplentes e trazer o dinheiro de volta rapidamente”, observa.