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Schroders tem visão positiva para ações no Brasil e emergentes

Pablo Riveroll SchrodersO diretor de renda variável para o Brasil e América Latina da Schroders, Pablo Riveroll, está otimista com as perspectivas para o mercado de ações, tanto local quanto entre economias emergentes latino-americanas. Segundo ele, uma maior visibilidade em relação aos cenários locais e o início do ciclo de afrouxamento monetário no Brasil, combinada com uma conjuntura econômica global também favorável, favorecem esses dois mercados.
Como uma casa focada na gestão e distribuição de fundos de ações e multimercados, a Shroders espera um upside no mercado de ações local nos próximos meses. “Nos últimos seis meses, a boa performance do mercado veio da redução do risco de longo prazo”, ressalta Riveroll. “Agora deve continuar com a melhoria da situação de empresas e dos consumidores”.
Ele relaciona como pontos positivos a boa comunicação do governo com o Congresso, assim como a continuidade da independência do Banco Central e a manutenção das metas de inflação. “O governo demonstrou a vontade de ter disciplina fiscal e a tendência daqui para a frente é a normalização dos juros, com uma queda de 400 basis points da Selic, o que tira muita pressão das empresas e dos consumidores”, avalia.
Do lado internacional, Riveroll aponta a queda da inflação nos EUA, que desanuvia as pressões do FED sobre os juros americanos, o que favorece as economias dos países emergentes. “No Brasil, o carry está mais atrativo e a inflação de 4% com câmbio barato é um fator importante”, diz.
Paralelamente, a esclada das tensões geopolíticas entre EUA e China podem beneficiar determinados mercados emergentes, como o México, por exemplo, nos segmentos manufatureiro e exportador. A asset também tem uma visão positiva para o Chile, cuja economia está em recuperação.
Para o head de vendas institucionais da gestora, Luiz Fernando Pedrinha, o início do ciclo de redução do juro local aumenta o interesse dos investidores institucionais por ativos de risco. ”Há maior interesse pela alocação em ações, assim como pela diversificação internacional”, diz.
Segundo Pedrinha, os mandatos da gestora para exposição global somam mais de R$ 1,5 bilhão. “Já ganhamos três mandatos exclusivos para alocação global de fundos de pensão este ano, antes mesmo do corte efetivo dos juros, com um volume considerável também em feeder funds”, afirma.