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Fundos fecham novembro com captação positiva de R$ 8,5 bilhões

Pedro RudgeO segmento de fundos de investimento fechou o mês de novembro com captação positiva de R$ 8,5 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). É o terceiro melhor resultado mensal deste ano. “Percebemos uma melhora na perspectiva do mercado por conta da desaceleração dos juros norte-americanos. Isso pode ter aumentado a disposição dos investidores a aplicarem nos fundos. Também observamos uma melhora considerável na indústria, com a quase a totalidade das classes fechando o mês com captação líquida positiva e quase todos os tipos de fundos apresentando rentabilidade positiva”, comentou Pedro Rudge, vice-presidente da associação.
A renda fixa encerrou o mês com R$ 25,4 bilhões de entradas líquidas, seu melhor resultado do ano. Mais da metade dos aportes ficou com os fundos que investem em títulos públicos de curto prazo (renda fixa duração baixa soberano), que somaram R$ 16,5 bilhões.
Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) aparecem em seguida, com saldo positivo de R$ 6,1 bilhões. Cerca de R$ 4,5 bilhões do total vieram do tipo Agro, Indústria e Comércio, fundos que aplicam em direitos creditórios destes segmentos.
Os fundos de ações tiveram captação líquida positiva de R$ 1,9 bilhão. O resultado representa o terceiro mês consecutivo no azul, após oito meses de perdas. Os ETFs (Exchange Traded Funds), após três meses no negativo, registraram entrada líquida de R$ 1,2 bilhão.
Já os multimercados tiveram a maior perda do ano, com R$ 30,7 bilhões de resgates líquidos em novembro, distribuídos por fundos da classe como um todo, sem concentrações significativas..

Rentabilidade - Os fundos de ações setoriais apresentaram retorno de 20,09% no mês, a melhor performance da indústria, embora no acumulado do ano ainda apresentem rentabilidade negativa.
Nos multimercados, o destaque ficou com os fundos de capital protegido (que buscam retornos procurando proteger o principal investido), com retorno de 6,49%.
Já na renda fixa, a maior rentabilidade foi dos fundos que investem 100% em títulos públicos de prazos maiores (renda fixa duração alta soberano), que tiveram retorno de 2,14%.