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Giufrida volta à gestão com Pinheiros e prepara novo FIP de Infra

GiufridaMarceloGarde 16mai 2Um ano e meio depois de deixar a Garde, asset que fundou com o sócio Carlos Calabresi e outros executivos em 2013 e da qual saiu em meados de 2022, Marcelo Giufrida está de volta ao segmento de gestão de recursos com a Pinheiros Investimentos. A nova asset foi criada em meados do ano passado em parceria com o grupo Paraty, da área de energia, que assumiu a posição de sócio majoritário.
Giufrida, porém, além de ser o maior acionista depois da Paraty, é também o CEO da Pinheiros. Ele conta que após conseguir a habilitação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ter se filiado à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a Pinheiros está trabalhando no lançamento de seu primeiro produto, um Fundo de Participações-Infraestrutura (FIP-IE).
O fundo vai buscar ativos na área de energia limpa, como eólica, solar e hídráulica, mas a área de transmissão elétrica também está no seu radar. A meta de captação do fundo ainda não está definida, mas o seu público alvo deve abranger tanto pessoas físicas, interessadas na isenção de Imposto de Renda oferecida por esse tipo de produto, como institucionais, que embora já contem com isenção tributária por conta da legislação, buscam bons projetos de longo prazo.
Segundo Giufrida, embora o primeiro fundo da Pinheiros seja relacionado à área elétrica, que é a área de atuação do sócio majoritário, a asset não está fechado à outras classes de investimentos. “Mais adiante vamos avaliar outras modalidades de investimento”, diz.
A Pinheiro Investimentos já nasce com um time de 17 profissionais, todos com experiência e conhecimento no setor de energia. “Os principais executivos da Pinheiros também são sócios da gestora”, explica Giufrida. “Estamos bem estruturados, mas continuamos em busca de profissionais qualificados”.
Giufrida é um dos nomes mais conhecidos do mercado de gestão de recursos no Brasil. Começou sua trajetória no extinto Banco CCF Brasil, onde esteve por 13 anos e meio, até o final de 2000, alcançando ali posição de vice-presidente. Quando o CCF foi vendido para o HSBC, que na época se instalava no Brasil, Giufrida deixou o banco e em breve convenceu outro banco francês, o BNP Paribas, a montar uma asset no Brasil. Foi o primeiro CEO da asset do BNP Paribas Brasil, deixando a posição no final de 2013 para criar a Garde. Também foi presidente da Anbima por dois mandatos, entre 2008 e 2012.