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Adiado julgamento que apura participação de Guedes na Greenfield

Guedes PauloFoi adiada, para data não determinada, a decisão do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) que investiga suposta participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em fraudes apontadas pela operação Greenfield contra fundos de pensão. O adiamento é resultado do pedido de vista feito pela desembargadora Maria do Carmo Cardoso, que solicitou mais tempo para analisar o processo.
O desembargador Ney Bello do TRF-1 já havia votado a favor do encerramento das investigações contra Guedes, encampando as teses dos advogados do ministro que pedem o encerramento dessas apurações. A Greenfield apura se Guedes participou das supostas fraudes, por meio da gestora da qual era sócio antes de ser ministro, contra as fundações Funcef, Petros, Previ e Postalis. Guedes nega a acusação.
A Greenfield foi deflagrada em 2016 para investigar operações fraudulentas e de má gestão ocorridas em anos anteriores, através de investimentos em Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) com aportes de fundos de pensão.
Os procuradores da Greenfield denunciaram 26 dirigentes de fundos de pensão por participarem dos supostos esquemas, que teria resultado em prejuízos gigantescos para as quatro fundações. Entre os FIPs problemáticos nos quais as fundações teriam investido está o BR Educacional, que tinha à época participação da gestora de Guedes.
Mas segundo os advogados do ministro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já teria arquivado as suspeitas e se manifestado no sentido de que não houve ato ilícito. Além disso, enfatizam, os investimentos teriam sido aprovados por um conselho de investidores e resultaram superavitários e com ganhos de capital.