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Economista do BNP Paribas Asset acha comunicação do BC “dura”

A manutenção da taxa Selic em 2% ao ano na reunião de ontem (20/01) do Comitê de Política Monetária (Copom) não trouxe muitas surpresas, assim como a queda do Forward Guidance, adotado há seis meses pelo Banco Central para dar segurança ao mercado de que a taxa de juros, em 2% ao ano já naquela ocasião, permaneceria baixa por um período prolongado desde que satisfeitas determinadas condições. Para a economista-chefe da BNP Paribas Asset Management, Tatiana Pinheiro, “a queda do Forward Guidance era esperada e está alinhada com a comunicação de dezembro”.
Entretanto, de acordo com a economista, a comunicação do Copom sobre os motivos da manutenção da taxa de juros foi dura, principalmente por conta dos seguintes fatores:
   • o reconhecimento que as medidas subjacentes de inflação não estão compatíveis com o cumprimento da meta de inflação;
   • a limitação da avaliação de que a conjuntura econômica prescreve estímulo extraordinariamente elevado à esta decisão (utilizando o termo neste momento);
Na opinião de Pinheiro, as próximas reuniões do Copom devem incorporar os efeitos da pandemia no curto prazo sobre a atividade econômica, o que manterá o processo de normalização de taxa de juros no 2º semestre. Segundo ela, “a antecipação do processo de normalização só acontece com o rompimento do regime fiscal atual”.