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Campos Neto trabalhará com eleitos “da melhor maneira possível".

Roberto Campos NetoBCO presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (3/11) que irá trabalhar com o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "da melhor maneira possível". Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2022 para um mandato de quatro anos à frente do BC, Campos Neto permanecerá no posto até dezembro de 2024.
A afirmação do presidente do BC foi feita durante uma conferência em Madri, organizada pelo Banco Santander. Segundo ele, "nós temos uma agenda digital que está promovendo inclusão no setor financeiro, que está promovendo competição no sistema bancário, e eu trabalharei com o novo governo da melhor maneira possível para que possamos atingir essas coisas que, eu acho, serão melhores para a população brasileira".

Alckmin comanda a transição - Indicado pelo presidente Lula para comandar o processo de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin participou nesta quinta-feira de uma reunião no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira. Alckmin chegou ao Palácio do Planalto acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do plano de governo de Lula, Aloizio Mercadante.
Durante a manhã, Alckmin esteve na liderança do Senado para uma reunião com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023. Ele discutiu com Castro uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garanta os recursos prometidos pelo presidente Lula durante a campanha, entre eles o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600 no próximo ano e mais R$ 150 por filho de até 6 anos, além de recursos para a Farmácia Popular, merenda escolar e reajuste do salário mínimo acima da inflação.

PEC da transição - Alckmin diz ter chegado a um acordo com Castro para levar aos líderes partidários e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, um projeto de PEC em caráter emergencial para comportar essas despesas. “Nós vamos procurar o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Celso Sabino e depois vamos conversar com o deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco“, afirmou.
Segundo Castro, “como as demandas que precisamos atender não cabem no orçamento atual, chegamos a um acordo para levar aos líderes partidários e aos presidentes da Câmara e do Senado a ideia de uma PEC em caráter emergencial, excepcionalizando do teto de gastos despesas que são inadiáveis”.