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Na contramão da crise, Comgás valoriza 24,94% no 1º trimestre

As ações da Comgás encerraram o primeiro trimestre de 2020 com uma valorização de 24,94%, a maior dentre as 281 empresas da bolsa. A performance pode ser considerada uma façanha tendo em vista a queda de 36,86% do Ibovespa no período, a maior já registrada em um período de três meses desde 1968. Até então a maior queda (-36,25%) havia sido no terceiro trimestre de 1986. Apenas no mês de março, a desvalorização do benchmark foi de 29,91%, a quarta maior da série histórica. A maior baixa mensal do índice, de 56,17%, foi em março de 1990.

Além da Comgás, somente outras três ações encerraram o primeiro trimestre do ano em campo positivo - Telefônica (5,11%), Biosev (2,47%) e João Fortes (1,89%). A Economatica considerou apenas as ações com volume médio diário de negociação superior a R$ 1 milhão. Na outra ponta, as ações da Dommo, com um tombo de 78,84%, lideram as perdas da bolsa nos três primeiros meses de 2020. Em seguida aparecem as ações da PPLA (-78,50%), do IRB (-75,15%) e da CVC (-74,66%).

Já o dólar, cotado a R$ 5,1987, teve uma apreciação frente ao real de 28,98% no primeiro trimestre do ano, a terceira maior alta triemstral desde o início do Plano Real - a maior foi no primeiro trimestre de 1999, quando a moeda americana disparou 42,47%.

Valor de mercado - As empresas brasileiras de capital aberto tiveram uma perda de valor de mercado da ordem de R$ 1,56 trilhão de janeiro a março, o que corresponde a cerca de 1/3 do total do volume de aproximadamente R$ 4,5 trilhões das companhias com ações na bolsa local, segundo o levantamento da Economatica. A maior parte das perdas se concentrou no mês de março (R$ 1,18 trilhão).

Com uma baixa de R$ 223,6 bilhões, para R$ 183,6 bilhões, a Petrobras liderou as perdas de valor de mercado na Bovespa. Na sequência aparece o Bradesco, com uma redução de R$ 123,1 bilhões em seu valor de mercado, para R$ 158,9 bilhões e o Itaú, que perde R$ 116,2 bilhões no período, passando a valer R$ 220 bilhões.