A negociação entre a Boeing e Embraer, iniciada em 2017 e que deveria resultar na criação de uma nova companhia de aviação, com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer, foi interrompida bruscamente neste sábado (25/04). Segundo comunicado divulgado pela Boeing, a Embraer não teria cumprido com as “condições necessárias” para a evolução do acordo. Já a Embraer diz que foi pega de surpresa pela decisão e que a Boeing rescindiu “indevidamente” o negócio, “fabricando falsas alegações”.
O cancelamento da operação que criaria a nova empresa, cujo nome seria Boeing-Brasil Comercial, ocorreu em meio à uma das maiores crises no setor de aviação, gerada pela pandemia do coronavírus. A operação já havia sido aprovado por órgãos reguladores nacionais e internacionais, dependendo apenas do aval de reguladores do mercado da Comissão Europeia.
A Embraer é patrocinadora do EmbraerPrev, fundo de pensão com reservas de R$ 3,11 bilhões em março último, dos quais 81% em renda fixa e 15,6% em renda variável. A fundação, desde o início das negociações, em 2017, tem se negado a falar sobre o negócio.
