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Fundos ampliam aquisições em ofertas de ações

Os fundos de investimento ampliaram a participação na aquisição de ações entre janeiro e maio deste ano, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Do total de R$ 31,6 bilhões emitidos em ofertas primárias e secundárias no período, os fundos foram responsáveis pela subscrição de 50,5%, ante 44,3% no mesmo intervalo do ano passado. Os investidores estrangeiros, que historicamente lideravam essas aquisições, ficaram com 27,7% (entre janeiro e maio de 2019 estavam com 51,9%). A participação dos investidores finais também cresceu neste ano: de janeiro a maio, as pessoas físicas ficaram com 16,1% do volume de ações emitido, 15,3 pontos percentuais acima do índice registrado no mesmo período do ano passado.
O mês de maio foi marcado ainda pela primeira oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) após o início da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19: a operação da Estapar captou R$ 345 milhões. Entre janeiro e maio, os IPOs somam R$ 4,3 bilhões, volume 5,5 vezes maior do que o registrado no mesmo intervalo de 2019.
Na renda fixa, as debêntures continuam liderando as operações em 2020. Em maio, as emissões desses títulos somaram R$ 6,3 bilhões. No ano, o volume chega a R$ 38,8 bilhões, 44,30% a menos do que no período de janeiro a maio de 2019.
As notas promissórias, que em abril registraram resultado recorde de R$ 13,1 bilhões, retomaram o patamar dos meses anteriores em maio, atingindo R$ 1,4 bilhão. No ano, foram emitidos R$ 17,4 bilhões pelo instrumento.
No acumulado de operações concluídas até maio pelas companhias locais no mercado de capitais, o volume soma R$ 126,1 bilhões, 6,7% a mais do que nos cinco primeiros meses do último ano. Até o fim de maio, 55 ofertas, incluindo debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), ações e fundos imobiliários estavam em andamento, em análise pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo convênio entre a Anbima e a autarquia, podendo chegar a R$ 12,1 bilhões.