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Emissões de ações em 2020 crescem 15,5% e somam R$ 62,2 bilhões

As emissões de ações somaram R$ 11,4 bilhões em agosto e elevaram o acumulado no ano para R$ 62,2 bilhões, 15,5% acima do total registrado em igual período de 2019. O volume de ofertas primárias e subsequentes nos primeiros oito meses de 2020, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) correspondeu a 29,1% das operações do mercado de capitais doméstico.
Quatro ofertas de ações de empresas brasileiras somaram R$ 11,4 bilhões em agosto e contribuíram para o volume de R$ 62,2 bilhões alcançado no ano. Segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o total movimentado com IPOs (ofertas iniciais) e follow-ons (ofertas subsequentes) representa 29,1% das operações realizadas no mercado de capitais em 2020 (R$ 213,3 bilhões). O resultado também mostra avanço de 15,5% sobre o mesmo intervalo do ano passado.
"Vale lembrar que, mesmo acima do que o registrado em 2019, esse volume poderia ser ainda maior. Isso porque muitas operações já estavam em andamento e precisaram ser interrompidas no início da pandemia de Covid-19", afirma o vice-presidente José Eduardo Laloni. "Estamos em um período de retomada das ofertas de renda variável, com a redução da volatilidade em relação aos meses anteriores e a manutenção dos juros em patamares baixos. O mercado de capitais tem sido cada vez mais uma importante fonte de financiamento para as empresas."
Na renda fixa, as operações com debêntures atingiram R$ 10,2 bilhões em agosto, volume 72,9% maior do que o apresentado em julho. No ano, as debêntures somam R$ 64,9 bilhões e lideram as emissões no mercado de capitais, com 30,4% do total. O resultado, entretanto, representa queda de 46,9% em relação ao volume acumulado no mesmo período de 2019.
Em alta entre os produtos de renda fixa estão os instrumentos de securitização. Juntas, as emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Fundos de Investimento em Direito Creditório (FIDCs) chegam a R$ 39,9 bilhões entre janeiro e agosto, resultado que representa alta de 18% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Já os fundos imobiliários acumulam R$ 27,4 bilhões em 2020, com alta de 44,5% sobre igual período de 2019.
No mercado externo não foram finalizados negócios em agosto. No ano, já ocorreram 20 operações, entre renda fixa e variável, somando R$ 92,1 bilhões (US$ 19,6 bilhões).