Mainnav

Emissões somam R$ 198 bilhões entre janeiro e maio

As ofertas no mercado de capitais somaram R$ 198 bilhões entre janeiro e maio deste ano, 54,1% a mais do que o total de igual período de 2020. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume em maio atingiu a marca de R$ 55 bilhões, o que representou um salto de 31,9% em relação ao mês anterior. O levantamento da Anbima indica ainda que há ofertas em andamento e em análise de R$ 13,1 bilhões e R$ 7,8 bilhões, respectivamente.
Das emissões realizadas nos cinco primeiros meses do ano, as debêntures foram o grande destaque, com R$ 78,95 bilhões, 103,61% a mais do que o montante registrado no mesmo intervalo em 2020. As ofertas desses papéis atingiram em maio a marca de R$ 23,34 bilhões, a segunda maior de 2021, atrás apenas dos R$ 24,64 bilhões de abril.
Entre os destinos dos recursos captados por meio de debêntures em 2021, a maior parte foi para capital de giro (31,3%) e investimentos em infraestrutura (18,8%). Quanto ao perfil dos subscritores das ofertas, destacam-se intermediários e demais participantes ligados às ofertas (46,5%) e fundos de investimento (33,7%).
As emissões de ações também apresentaram números significativos, com R$ 48,03 bilhões, 52,13% acima do volume contabilizado entre janeiro e maio do ano passado. O carro-chefe do segmento foram os IPOs, com ofertas de R$ 26,18 bilhões (R$ 5,37 bilhões em maio), seis vezes mais do que em igual período de 2020. Já as ofertas secundárias, com R$ 21,85 bilhões (R$ 4,88 bilhões em maio), ficaram 19,85% abaixo do total apurado no mesmo intervalo de 2020.
Os principais subscritores das ofertas de ações entre janeiro e maio foram fundos de investimento (50,8%), seguidos por investidores estrangeiros (35,1%). A participação relativa de pessoas físicas entre os subscritores nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2020, caiu de 13,5% para 6,1%.
Igualmente expressivas foram as evoluções registradas nos lançamentos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). As emissões de CRIs somaram R$ 10,9 bilhões de janeiro a maio (R$ 3,8 bilhões no mês passado), o que representou um crescimento de 67,7% sobre o mesmo período de 2020. Já as ofertas de CRIs, no valor de R$ 6,6 bilhões (R$ 1,8 bilhão em maio), registraram um salto de 134,1 em relação ao ano passado.
Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) também seguem a atrair a atenção do mercado. De janeiro a maio, novas ofertas de FIIs captaram R$ 21 bilhões (R$ 4,2 bilhões em maio), 36,36% a mais do que nos cinco primeiros meses de 2020.
As emissões de bônus apresentaram avanço mais tímido. Até maio, o volume era de US$ 8,95 bilhões, 11,87% acima do total registrado em igual intervalo de 2020.