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Mercado de capitais somou R$ 304,6 bilhões em ofertas, até julho

As empresas brasileiras levantaram R$ 304,6 bilhões no mercado de capitais entre janeiro e julho deste ano, o que representa alta de 62% em relação ao mesmo período de 2020. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o destaque do período está nas emissões de debêntures, que somaram R$ 119,8 bilhões em sete meses de 2021 – montante que se aproxima do total apurado no ano passado inteiro, que chegou a R$ 121,1 bilhões.
Entre os demais instrumentos de renda fixa, as emissões de FIDCs (fundos de investimento em direito creditório) somaram R$ 32,8 bilhões nos sete meses do ano, embora em julho o volume tenha sido o menor até agora (R$ 1 bilhão). O último mês também não foi tão aquecido para os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), que levantaram R$ 835 milhões. No ano, as ofertas desses títulos chegam a R$ 9,7 bilhões. Entre os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), foram R$ 2,3 bilhões em julho e R$ 15,6 bilhões no acumulado de 2021. Os fundos imobiliários captaram R$ 28,5 bilhões no ano.
Na renda variável, foram emitidos R$ 17,6 bilhões em julho, com destaque aos follow-ons (ofertas subsequentes), que movimentaram R$ 16,2 bilhões. No resultado acumulado do ano, os IPOs (ofertas iniciais) e follow-ons somam R$ 89,4 bilhões, o que representa alta de 76,04% sobre o mesmo período de 2020. Ainda são previstos para o ano mais de R$ 13 bilhões em ofertas iniciais que estão em andamento. “O apetite por esses papéis segue bastante aquecido entre os fundos de investimento, que continuam absorvendo a maior fatia das operações (46,6% no ano), seguidos dos investidores estrangeiros (36,7%)”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima.
Externo - As emissões de companhias locais no mercado externo atingiram US$ 3,65 bilhões em julho, sendo US$ 2,25 bilhões provenientes de títulos de dívida do Brasil. No ano, as operações (incluindo renda fixa e variável) somam US$ 14,9 bilhões.