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Ofertas do mercado de capitais superam neste ano igual período de 2020

As ofertas das companhias brasileiras no mercado de capitais somam R$ 404,8 bilhões entre janeiro e setembro de 2021, volume que ultrapassa o total obtido em doze meses de 2020, quando o montante chegou em R$ 371,9 bilhões. De acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), é o segundo maior resultado da série histórica iniciada em 2011. A alta é puxada, principalmente, pelas operações com debêntures e IPOs (ofertas públicas iniciais de ações).
Entre as debêntures, foram emitidos R$ 155,4 bilhões até setembro, o que representa alta de 108,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as operações com os demais instrumentos de renda fixa também apresentam alta em relação ao ano anterior. Entre os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), foram emitidos R$ 21,2 bilhões nos primeiros nove meses de 2021, contra R$ 10,1 em igual período de 2020, com alta de 109%. Já entre os FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditório) foram R$ 42,5 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, 49% acima dos R$ 28,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. As ofertas de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) chegam a R$ 12,9 bilhões até o terceiro trimestre, resultado 45% maior do que no mesmo período do ano passado.
Na renda variável, o volume de ofertas entre janeiro e setembro, de R$ 123,7 bilhões, ultrapassa em 79% o total dos nove primeiros meses de 2020, que foi de R$ 69,2 bilhões. Os IPOs registram R$ 63,4 bilhões em nove meses deste ano (45 operações), contra R$ 13,8 bilhões no acumulado de nove meses do ano anterior (11 operações). Entre os follow-ons (ofertas subsequentes de ações), são R$ 60,2 bilhões em nove meses de 2021 (23 operações), contra R$ 55,4 bilhões em nove meses de 2020 (18 operações). “A renda variável é o grande destaque do terceiro trimestre e deste ano. Além dos números expressivos, é importante mencionar a diversidade de empresas e setores que têm acessado a bolsa de valores, contribuindo ao dinamismo do mercado”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima.