O leilão do 5G, realizado na última sexta-feira para selecionar operadoras de serviços de conectividade utilizando a quinta geração da telefonia móvel, arrecadou R$ 47,2 bilhões, um total pouco abaixo dos R$ 50 bilhões previsto inicialmente pelo governo pois nem todos os lotes foram arrematados.
Do valor total arrecadado, R$ 7,4 bilhões (incluído o ágio de R$ 5 bilhões) serão em outorgas para o governo e o restante será utilizado pelas empresas vencedoras em compromissos definidos em edital. O objetivo dessas contrapartidas é garantir investimentos no setor para sanar as deficiências de infraestrutura, modernizar as tecnologias de redes e massificar o acesso a serviços de telecomunicações do país.
Segundo a Anatel, mais de 85% de tudo que foi colocado à venda foi comercializado e todas as obrigações de cobertura foram assumidas. Os lotes que sobraram poderão ser reeditados em um novo leilão.
O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel e reduz a latência, permitindo novos serviços com conexão com segurança e estabilidade que abrem espaço para o uso de novos serviços em diversas áreas, como indústria, saúde, agricultura e na produção e difusão de conteúdos.
O leilão ofertou quatro faixas de radiofrequências - 700 MHz (melhora cobertura do 4G e permite futuramente distribuir 5G); 2,3 GHz (melhora cobertura do 4G e permite futuramente distribuir 5G); 3,5 GHz (5G puro, para consumidor final); e 26 GHz (5G puro, para banda larga). As faixas de radiofrequências foram divididas em diversos lotes (ver quadro abaixo).
Faixas | Valor econômico (R$ bilhões) |
Ágio (R$ bilhões) |
Comprimissos originais (R$ bilhões) |
Valor econômico final (R$ bilhões) |
700 MHz | 2,3 | 1,27 | 2,84 | 3,57 |
2,3 GHz (40) | 2,83 | 0,65 | 3,42 | 3,49 |
2,3 GHz (50) | 4,87 | 1,09 | 5,88 | 5,96 |
3,5 GHz Regional | 6,04 | 1,88 | 7,5 | 7,92 |
3,5 GHz Nacional | 22,65 | 0,145 | 25,49 | 22,79 |
26 Ghz | 3,44 | 0,01 | 3,1 | 3,45 |
Fonte: Anatel |