A Previ divulgou o acordo de reestruturação da dívida de R$ 2,6 bilhões da Invepar, empresa da qual é acionista juntamente com Petros, Funcef e o fundo Yosemite (representando os credores da OAS, antiga acionista da empresa). O acordo, referentes à emissão de debêntures, permitiu à empresa quitar R$ 1,8 bilhão de sua dívida com credores e repactuar o pagamento de R$ 800 milhões com prorrogação do vencimento para 3 anos e condições mais favoráveis de remuneração. O acordo foi assinado em 28 de setembro último.
A quitação do valor de R$ 1,8 bilhão foi possível graças à transferência do MetrôRio e do MetrôBarra (empresa que opera a linha 4 do metrô) aos credores, unidos numa nova empresa chamada a Hmobi Participações. O controle majoritário da Hmobi será exercido pelo Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes, que passa a deter 51,5% do seu capital social, e os demais credores os 48,5% restantes. A Previ e os demais fundos de pensão, além de acionistas diretos da Invepar, figuram também no bloco de credores, passando a ter participação na Hmobi. A Previ terá 23,5% de participação na nova empresa enquanto a Petros terá 5,8%.
Para a Previ, a celebração do acordo e a transferência da concessão dos metrôs para a Hmobi representam medida imprescindível para o reequilíbrio da estrutura de capital da Invepar, com liquidação de parte da dívida e renegociação do saldo restante.
Cada um dos quatro sócios da Invepar detém, aproximadamente, um quarto do seu capital social (a participação exata da Previ é de 25,56% e a da Petros é 25%). A Invepar, agora sem o MetrôRio e o MetrôBarra, mantém investimentos nas empresas Linha Amarela (via expressa na cidade do Rio de Janeiro), GRUPar (que controla o Aeroporto Internacional de Guarulhos), Concessionária Litoral Norte (rodovia BA-099, na Bahia), e Via 040 (rodovia BR-040, que cruza os estados de Goiás e Minas Gerais). A companhia também possui participação minoritárias no VLT Carioca, na Concessionária ViaRio e na Concessionária Rio-Teresópolis (CRT).
