A empresa chinesa Evergrande, do ramo de construção, não fez os pagamentos devidos dos tÃtulos vencidos nesta segunda-feira (06/12), alguns dos quais já tinham recebido uma carência de trinta dias por parte dos credores, sinalizando para um possÃvel calote.
A empresa acumula mais de US$ 300 bilhões em dÃvidas. Na última sexta-feira o grupo procurou ajuda do governo de sua provÃncia natal, Guangdong, mas o mercado entendeu isso como o prelúdio para um default e o inÃcio de uma possÃvel reestruturação da Evergrande.
A Evergrande não pagou US$ 82,5 milhões em juros originalmente vencidos em 6 de novembro, e estendidos por 30 dias até a última segunda-feira, a dois investidores informou a Bloomberg.
A falta desses pagamentos pode desencadear inadimplências cruzada, permitindo aos investidores declarar outras dÃvidas em default também. A maior parte da dÃvida de Evergrande é na China continental, mas a empresa tem quase US$ 20 bilhões em tÃtulos internacionais e é a segunda maior emissor de dÃvida em dólar com classificação de risco.
Analistas avaliam que a inadimplência não deve causar muita turbulência no mercado, uma vez que os investidores tiveram meses para se preparar. As ações e tÃtulos da Evergrande foram vendidos durante grande parte deste ano, e a empresa primeiro contratou consultores financeiros, em um sinal de dificuldade cada vez maior, em setembro.
Pequim também tomou medidas mais amplas para compensar o impacto da morte de Evergrande e turbulência no setor imobiliário. Na segunda-feira, o banco central da China disse que reduziria a quantidade que os bancos monetários são obrigados a separar como reservas, liberando fundos para empréstimos.