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Isenção de IR pode ampliar investimento estrangeiro em renda fixa

Roberto PaulinoCitiA ofensiva do governo para incluir no projeto de lei do marco de garantias, aprovado na Câmara dos Deputados na noite da quarta-feira (1/6), a isenção de Imposto de Renda para investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa corporativos tem potencial para atrair um volume importante de recursos de investidores não-residentes (Resolução Bacen 4.373) para o Brasil, acredita Roberto Paolino, diretor de securities services do Citibank, instituição líder em custódia para investidores estrangeiros. O projeto ainda tem que ser aprovado no Senado e depois precisará ser regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo Paolino, com a isenção do IR os recursos viriam inclusive para o mercado de debêntures. “O projeto ainda está em discussão, mas caso seja aprovado no Senado poderia elevar, a médio prazo, de maneira relevante os volumes atuais”, afirma ele. Hoje, há pouco mais de R$ 600 bilhões em ativos de renda fixa na indústria relativos à Resolução 4.373, quase exclusivamente em operações com títulos públicos. De acordo com Paolino, esse total poderia subir para mais de R$ 1 trilhão, impulsionando a alocação em títulos privados.
O total sob custódia em recursos de não residentes era de R$ 1,76 trilhão em março deste ano, segundo o ranking da Anbima. Desse total, R$ 1,16 trilhão estavam sob custódia no Citibank, seguido pelo JP Morgan e BNP Paribas, com R$ 355 milhões e R$ 68 milhões, respectivamente.