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Emissões do mercado de capitais caem 5,5% até setembro

As emissões do mercado brasileiro de capitais somaram R$ 46,6 bilhões em setembro, 22,51% abaixo dos R$ 57,55 bilhões registrados no mesmo mês de 2021. No acumulado do ano, até setembro, o volume emitido foi de R$ 401,6 bilhões, uma queda de 5,5% em relação ao apurado nos primeiros nove meses de 2021, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
“Estamos em um ano desafiador, com a subida dos juros e a volatilidade do período eleitoral. O cenário externo também tem se mostrado bastante difícil, com questões geopolíticas e alta dos juros em todo mundo. Apesar disso, o resultado acumulado até setembro mostra que as emissões locais seguiram em linha ao volume obtido no ano passado, com evolução na renda fixa, reforçando a maturidade e o bom funcionamento do mercado de capitais”, afirma José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.
Entre janeiro e setembro deste ano, os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) avançaram 112,6% na comparação ao mesmo intervalo do ano passado, com R$ 33,3 bilhões. Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) subiram 50,1% na comparação dos mesmos períodos, para R$ 32,6 bilhões.
As emissões de debêntures cresceram 26,5% no acumulado do ano até setembro, somando R$ 205 bilhões contra R$ 162 bilhões apurados em igual período do ano passado.
Entre os novos produtos que chegam ao mercado, as notas comerciais movimentaram R$ 25,3 bilhões até setembro e o Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) acumula R$ 4,8 bilhões captados em ofertas públicas.