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Anbima lança família de índices para debêntures mais negociadas

gestãoA Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) está lançando uma nova família de índices que refletem o desempenho de uma carteira teórica de debêntures com requisitos de liquidez, ou seja, engloba os papéis mais negociados no mercado. Batizados de IDA LIQ (Índice de Debêntures Anbima Liquidez), os novos indicadores são calculados a partir das taxas indicativas das debêntures precificadas pela Anbima e dos estoques desses papéis em mercado.
Para apurar a carteira do novo índice, são aplicados filtros de liquidez na base do Registro Único de Negociações da Anbima, sistema que consolida informações de negócios realizados com títulos privados, além de avaliados os calls das corretoras, que refletem as ofertas firmes de compra e venda dos papéis. A composição da carteira é revista mensalmente, preservando a representatividade do indicador. A carteira deriva de outra família de índices, a IDA (Índice de Debêntures Anbima), cujo desempenho continuará sendo divulgado diariamente.
“Temos acompanhado as tendências internacionais na oferta de produtos financeiros, além dos movimentos e das necessidades do mercado doméstico”, afirma Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da ANBIMA. “Chegamos então ao lançamento da família IDA LIQ, que é parte de uma ampla agenda para incentivar o desenvolvimento do mercado de capitais, proporcionando maior transparência na oferta de benchmarks”, completa.
Além do IDA LIQ – Geral, que reflete o desempenho da totalidade da carteira, foram criados outros três subíndices: IDA LIQ - DI, formado pelos papéis remunerados pela taxa DI; IDA LIQ – IPCA, composto pelos títulos indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo); e IDA LIQ – IPCA Infraestrutura, que representa as debêntures indexadas ao IPCA e incentivadas, ou seja, emitidas pelo artigo 2º da Lei 12.431.
“O mercado global de produtos indexados tem crescido vertiginosamente nos últimos anos, a exemplo da expansão dos ETFs. É importante termos no Brasil uma oferta maior de índices de ativos privados, incentivando assim o desenvolvimento de novos produtos e o acompanhamento de desempenho daqueles que já existem, como os fundos de crédito privado”, comenta Notini.