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Bloqueio de estradas não impede queda do dólar e alta do Ibovespa

O movimento de bolsonaristas radicais que continuaram nesta terça-feira (1/11) a bloquear rodovias federais e estaduais, protestando contra o resultado das eleições que deu vitória ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, agora presidente eleito, não chegou a afetar o humor dos investidores. O dólar caiu pelo segundo dia consecutivo, fechando no valor mais baixo em 40 dias, e também o ibovespa subiu pelo segundo dia, atingindo o maior nível em dez dias.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira vendido a R$ 5,114, com queda de -0,92%. A cotação chegou a subir para R$ 5,19 por volta das 11h, refletindo a divulgação de dados de emprego na economia norte-americana, mas passou a cair durante a tarde com a entrada de fluxos estrangeiros. A moeda norte-americana atingiu o menor valor desde 22 de setembro, quando tinha fechado a R$ 5,114. A divisa acumula queda de 8,29%.
Já o mercado de ações começou o dia com volatilidade, mas depois reagiu com o Ibovespa fechando aos 116.929 pontos, com alta de 0,77%. O indicador chegou ao maior nível desde o último dia 21, puxado por ações de mineradoras, de companhias elétricas e de petroleiras.
De manhã, a divulgação de que a economia norte-americana criou mais empregos que o previsto em outubro trouxe tensões ao mercado internacional. Apesar de a indústria ter atingido o menor crescimento em dois anos e meio, o bom desempenho do mercado de trabalho reforça a expectativa de que o Banco Central norte-americano (Fed,) eleve os juros básicos em 0,75 ponto percentual na reunião de amanhã (2/11).
Mesmo com as instabilidades externas, o cenário interno colaborou para a queda do dólar e a alta da bolsa no Brasil. Os investidores reagiram bem ao anúncio de que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenará os trabalhos de transição para o futuro governo. No fim da tarde, a confirmação, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, de que o presidente Jair Bolsonaro autorizou o início da troca de informações trouxe mais alívio às negociações (com informações da Agência Brasil).