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Grupo da Anbima sobe projeção da taxa de juros de 2023 para 11,5%

indicesO Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) aumentou sua projeção da taxa de juros do final de 2023, passando de 10,5% há um mês e meio para 11,5% nesta terça-feira. Além disso, o início do ciclo de redução dos juros também ficou mais distante, sendo adiado de julho para agosto do ano que vem. O grupo é composto por 25 economistas de instituições associadas à entidade, que se reúnem sempre no início da semana que antecede a reunião do Copom para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.
Segundo o grupo, a projeção da inflação de 2022 foi revisada para cima, passando de 5,5% no relatório de outubro para 5,8% no deste mês. Subiu também a previsão para 2023, passando de 4,9% para 5%, o que representa 0,25 ponto percentual acima do teto da meta de inflação.
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) de 2022, o grupo mantém a projeção de 2,80% do relatório anterior. Para 2023, os economistas revisaram para cima o crescimento da atividade econômica, passando de 0,8% para 0,9%. A expectativa para o déficit fiscal primário no fim do próximo ano também foi revista, de 0,90% para 1,39% do PIB, por conta das incertezas em relação à expansão fiscal.
No cenário externo, os economistas esperam recessão moderada nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2023, com um período que deve ser marcado por maior aversão ao risco, juros altos e dólar valorizado. A taxa de câmbio prevista para o ano que vem é de R$ 5,30 (a mesma estimativa dos últimos três relatórios do grupo). Para 2022, houve revisão para cima, de R$ 5,20 para R$ 5,25, o que corresponde a valorização de 5,92% do real no ano.