O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, concordou em federalizar empresas estatais locais para pagar dívidas do estado com a União, que atualmente somam cerca de R$ 160 bilhões. Com isso o estado não seria obrigado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, para o que tem prazo até 20 de dezembro.
Zema tratou do assunto nesta quarta-feira, em reunião de cerca de uma hora com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Fazenda, Fernando Haddad. Referindo-se às negociações para a federalização das estatais mineiras o governador disse que "tem todas as condições, estamos bastante otimistas".
A lista das estatais mineiras a serem federalizadas ainda não está definida. Segundo o secretário de Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, a escolha das empresas a serem federalizadas dependerá de negociações com o Tesouro Nacional. Ele afirmou que, em tese, todos os ativos do estado estão disponíveis para a negociação. “Isso vai ser uma discussão técnica com a Secretaria do Tesouro Nacional”, disse.
A proposta do governo federal, encaminhada por Pacheco à Zema, prevê que o governo mineiro ceda à União participações acionárias em empresas como a Companhia Energética (Cemig), Companhia de Saneamento (Copasa) e Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig). O estado poderia recomprar as ações dessas empresas em 20 anos.
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