A Itaúsa, holding com participação no Itaú-Unibanco, comunicou ao mercado nesta quinta-feira (14/12) ter concluído a alienação total das classes A de emissão da XP, por meio das vendas de 14.770.985 ações pelo montante líquido aproximado de R$ 1,7 bilhão. Segundo o o comunicado, a holding não detém mais nenhuma participação na companhia.
A alienação foi concluída por que a Itaúsa, conforme já divulgado anteriormente, não considera a XP um ativo estratégico, e os recursos obtidos nesta rodada serão destinados ao resgate antecipado das debêntures, ao reforço de caixa e à ampliação do nível de liquidez da holding.
Ao longo do ano de 2023, a Itaúsa alienou mais de 35 milhões de ações da XP, a um montante de R$ 3,8 bilhões. O processo de desinvestimento foi iniciado em 2021, logo após a reorganização societária do Itaú Unibanco, e desde então foram vendidas ações equivalente a um montante líquido total de R$ 9,5 bilhões. Os recursos foram destinados para pagamento de proventos a acionistas, amortização antecipada de dívida e reforço de caixa.
“XP foi uma empresa herdada do portfólio do Itaú Unibanco. Não era estratégico ter outra empresa do setor financeiro conosco. Por isso, temos comunicado ao mercado que iríamos prosseguir com o desinvestimento em XP de maneira gradual. A decisão está alinhada à nossa disciplina na alocação eficiente de capital e gestão ativa de portfólio”, afirma o presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal.
Não são esperados impactos relevantes nos resultados da Itaúsa do 4º trimestre de 2023, já que o investimento da Itaúsa na XP estava contabilizado como ativo financeiro mensurado a valor justo desde o 3º trimestre de 2023.
