O IPCA de dezembro divulgado na manhã desta quinta-feira (11/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) pegou de surpresa o mercado financeiro, que esperava um número menor. O Ãndice ficou em 0,56%, acima do consenso de mercado que apontava para uma taxa de 0,48% no mês.
Com o IPCA de dezembro em 0,56%, o Ãndice fecha o ano de 2023 com uma alta acumulada de 4,62%, acima das projeções do mercado mas ainda dentro do intervalo superior de tolerância da meta de inflação. A meta é de 3,50% com tolerância de 1,50 ponto percentual para cima e para baixo, o que dá 5% na banda superior e 2% na banda inferior.
“Nossa avaliação é que a análise prospectiva de desaceleração de serviços segue em jogoâ€, diz o estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo. “A inflação de serviços encerrou o ano em 6,22% e a subjacentes em 4,82%. Esta avaliação de um momento pior de inflação subjacente está em acordo com a expectativa da Warren de que o passo de queda da taxa Selic permaneça em 0,5 ponto percentual e encerre o ciclo de afrouxamento monetário em 9%â€, diz.
Nota divulgada pelo time de macro da XP diz que “os resultados do IPCA de dezembro são consistentes com o nosso cenário de queda adicional da inflação em 2024 (projetamos 3,7%), principalmente devido a uma nova rodada de deflação global de custosâ€. Segundo a nota, “a inflação de serviços tem cedido, mas lentamente, e os recentes aumentos acima do esperado nos salários reais representam fonte de preocupação para a dinâmica dos preços de serviços nos próximos mesesâ€. A nota pondera que “o Banco Central deve reforçar sua abordagem cautelosa e continuar a cortar a taxa Selic em 0,50 p.p. por reunião. Projetamos a taxa básica de juros em 9,00% no final deste anoâ€.
