A divisão do Copom na última quarta-feira (8/5) na votação da taxa Selic, com 5 membros do órgão votando por um corte de 0,25 ponto percentual e 4 outros votando por cortar 0,50 pp, azedou o humor do mercado e levou o Ibovespa, principal Ãndice da B3, a fechar em queda 1% nesta quinta-feira (9/5), aos 128.188,34 pontos. Os 5 que votaram pelo corte de 0,35 pp são indicados pelo governo anterior e os 4 que votaram pelo corte de 0,50 pp são indicados pelo governo atual.
Também pesaram contra as bolsas o quadro fiscal brasileiro, que se deteriorou recentemente, principalmente pelos efeitos da catástrofe climática no Rio Grande do Sul, que devem afetar a oferta de produtos, contribuindo para um cenário de maior incerteza com relação a juros e inflação.
Já o dólar fechou na direção oposta, com alta de 1,01%, cotado a R$ 5,14. A moeda norte-americana foi impulsionada pelo temor de que o fiscal saia do controle, tese que ganhou força após o Copom ter cortado a taxa básica de juros em 0,25 pp. Na leitura do mercado, isso mostraria que o Banco Central está preocupado com o quadro fiscal doméstico.
A moeda brasileira contrariou outras divisas emergentes, que se valorizaram em relação ao dólar, influenciadas pelo alÃvio nas taxas dos Treasuries, tÃtulos do Tesouro dos EUA.
