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Atuar mais nas empresas investidas Opinião: Fábio Coelho

Fábio Coelho é Presidente da Amec e ex-superintendente da Previc
Fábio Coelho é Presidente da Amec e ex-superintendente da Previc

Em meio à pandemia do coronavírus e à incerteza derivada, é fácil relegar questões primordiais das quais depende a higidez do mercado, como a excelência da gestão, a criação de valor a longo prazo e questões ambientais, sociais e de governança. No entanto, momentos como o atual favorecem iniciativas que alteram o status quo.
Foi assim que, na crise de 2008, nasceram conceito e códigos de stewardship, cujo propósito foi prevenir eventos ruinosos para a economia real mediante o engajamento em bases constantes e de maneira construtiva entr

Repensando a alocação em tempos de crise Opinião: Jorge Simino

Jorge Simino é diretor de investimentos da Fundação Cesp - Funcesp
Jorge Simino é diretor de investimentos da Fundação Cesp - Funcesp

Obviedade inicial: o mundo e o Brasil enfrentam, desde janeiro deste ano, uma crise sanitária e econômica. O Brasil em adição também apresenta sinais de turbulência política.
Algumas breves palavras sobre esta última. Constatação também óbvia é a existência de muito ruído na condução política. Como os ruídos afetam os preços dos ativos financeiros depende basicamente da sensibilidade auditiva e da lateralidade de cada agente econômico. Independentemente da escolha de cada qual, uma coisa é certa: ruídos não ajudam; ruídos atrapalham.

A reeducação do mercado Opinião: Carolina da Costa e Luiz Fernando Figueiredo

Carolina da Costa é sócia da Mauá Capital e professora do Insper
Carolina da Costa é sócia da Mauá Capital e professora do Insper

Na Teoria Econômica, há uma máxima que dita que o comportamento dos agentes econômicos é função dos incentivos oferecidos. São, portanto, reações. No âmbito do mercado financeiro, seleção e alocação de ativos são perfeitas expressões da lógica reativa. Mercado é consequência. Causa “mercado” a política econômica, que propõe incentivos (nem sempre produzindo o que intencionou), novos fatores de produção, assim como mudanças profundas em hábitos e valores morais dos agentes econômicos. Se pretendemos inovar estruturalmente naquilo que fazemos,

Perfis de investimento em tempos de crise Opinião: Ricardo Pena

Ricardo Pena é presidente da Funpresp
Ricardo Pena é presidente da Funpresp

A pandemia da Covid-19 pegou o mundo de surpresa e tem causado estragos incomensuráveis. Nessa crise de saúde pública, a preservação da vida humana é o ponto de partida para qualquer ação e preocupação elementar esperada daqueles que têm a responsabilidade para decidir. A crise é um momento de reflexão e de humildade. Todos teremos que lidar com as consequências das decisões tomadas. A primeira e mais importante decorrerá da resposta à pergunta: “Fomos solidários e responsáveis?”. Gestores do patrimônio financeiro de milhares de pessoas, com

As escolhas no mundo pós Covid-19 Opinião: Eliane Lustosa

Eliane Lustosa é ex-diretora de investimentos do BNDES
Eliane Lustosa é ex-diretora de investimentos do BNDES

Nesses tempos líquidos, como diz Bauman (Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês), no qual nada é estável, tudo flui, conceitos como solidariedade e coletividade são substituídos por individualismo e consumismo. No mundo atual, muitas vezes denominado de VUCA (ou VICA, na sigla em português para Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), vemos muito desencanto, perplexidade, medo e até desespero - agora aguçados pela crise mundial de saúde pública. A pandemia nos levou a cenário de isolamento, desaceleração e, consequentemente, muita reflex

Desastre natural de duração indefinida Opinião: Marcelo Toledo

Marcelo Toledo é superintendente da Bram
Marcelo Toledo é superintendente da Bram

O melhor paralelo a ser realizado em relação à crise atual não é com o que ficou conhecido como a Grande Recessão de 2008, mas sim com um desastre natural. Contudo, é um desastre natural com duas características muito raras: o fato de atingir simultaneamente diversos países e, mais importante, ser de duração indefinida. O alcance deste “terremoto” também não é puramente definido pelas leis da física (ou da biologia no nosso caso), uma vez que o comportamento da epidemia em um determinado país depende de forma muito relevante da resposta do s

É hora de repensar investimentos Opinião: Edivar Queiroz e Marcos Fava Neves

Edivar Queiroz é CEO da LUZ Soluções Financeiras
Edivar Queiroz é CEO da LUZ Soluções Financeiras

Quando o assunto é investimentos, 2020 pode ficar marcado como um novo divisor de águas. Diferentemente das crises de 2001, 2008 e até 2014, o ano começou com uma crise de saúde pública mundial sem precedentes. O temor e a rápida expansão do novo coronavírus (COVID-19) afetou o dia a dia de milhares de pessoas, impactando os mais diferentes setores da economia e, obviamente, o sistema financeiro.
Apesar das iniciativas dos Bancos Centrais, com a redução das taxas de juros e injeção de capital nos sistemas produtivo e financeiro, os mer

Os critérios ESGI são o novo normal Opinião: Marcelo Wagner

Marcelo Wagner é diretor de Investimentos da Previ
Marcelo Wagner é diretor de Investimentos da Previ

Uma frase atribuída erroneamente a Charles Darwin diz que “não são as espécies mais fortes que sobrevivem nem as mais inteligentes, mas as que melhor se adaptam às mudanças”. O sucesso da citação faz sentido, mesmo com autor desconhecido: resiliência e inteligência são sempre muito bem-vindos, mas saber se adaptar num mundo que muda o tempo todo, cada vez mais rapidamente, é fundamental.
Questões que pareciam um pouco mais distantes quando ingressei no mercado de trabalho atualmente são temas de constante interesse. Aquecimento global,

Impacto econômico do coronavírus Opinião: Adriana Dupita

Adriana Dupita é Economista da Bloomberg para Brasil e Argentina
Adriana Dupita é Economista da Bloomberg para Brasil e Argentina

Quando os primeiros casos de COVID-19 surgiram na China, a grande preocupação – do ponto de vista econômico – era como a forte desaceleração da segunda maior economia do mundo iria afetar os demais países, seja por conta de menor demanda por exportações, seja por conta da ruptura de cadeias de produção. Menos de três meses depois, com uma pandemia declarada, a discussão é se e como a política econômica vai conseguir evitar uma recessão na maior parte do planeta.
Nenhum de nós que estamos hoje no mercado passamos por uma circunstância ne

Um tsunami, cheio de riscos, chamado ESG Opinião: Fabio Alperowitch

Fabio Alperowitch é Co-Fundador e Portfolio Manager da FAMA Investimentos
Fabio Alperowitch é Co-Fundador e Portfolio Manager da FAMA Investimentos

Investidores, analistas e empresas terão que aprender novos conceitos para se adaptarem
Investidores brasileiros estão pouco acostumados com a palavra “sustentabilidade”, mesmo com o recente aumento da atenção a estes temas. Ainda são poucos os que incorporam fatores socioambientais em suas análises atualmente e, ainda assim, por vezes são marginalizados em seus argumentos, sendo tratados como periféricos ou ideológicos.
Nos Estados Unidos, e principalmente na Europa, tais fatores têm ganhado relevância nos últimos anos e já se enc