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Não faltam ideias, mas senso de urgência _ Adriana Dupita

Adriana Dupita
Adriana Dupita

Edição 346

Faltando menos de quatro meses para a eleição presidencial de 2022, o mercado segue no escuro sobre o que esperar para a política econômica de 2023 em diante. A incerteza na economia associada a quem vencerá a eleição não é exatamente uma novidade. O que enseja reflexão é porque esta incerteza persiste mesmo depois de inúmeras reformas que buscavam justamente tornar a política econômica mais previsível e menos dependente das ideias do presidente de turno.
Os problemas da economia brasileira são profun

Cuidados a tomar na migração para o RPC Ricardo Pena

Ricardo Pena
Ricardo Pena

Edição 345

A reforma da previdência de 2019 obrigou, por motivações fiscais e demográficas, os Entes Federativos que têm o RPPS/Regime Próprio de Previdência Social a instituírem o RPC/Regime de Previdência Complementar para os novos servidores públicos, na modalidade de contas individualizadas em planos de CD/Contribuição Definida administrados por EFPC ou EAPC, e limitou as aposentadorias e pensões no RPPS ao teto do RGPS (atualmente em R$ 7.087,22). Além disso, pelo § 16 do art. 40 da CF, incluído desde a EC

Padrão de vida futuro mais previsível Robert C. Merton, Arun Muralidhar, Alexandre A.Vitorino e Azita Sharif

Edição 345

O secretário do Tesouro Nacional, Dr. Paulo Valle, anunciou o plano de oferecer, a partir deste ano, através do Tesouro Direto, um novo título público para a previdência complementar dos brasileiros. Este título inédito é baseado na Standard-of-Living, Forward-starting, Income-only Securities (SeLFIES), inovação desenvolvida originalmente pelos professores Robert C. Merton e Arun Muralidhar. A versão adaptada para o Brasil deste novo título foi proposta por Merton, Muralidhar e Vitorino em 2020, que levou

Cresce o mercado secundário de FIPs Renato Abissamra

Renato Abissamra
Renato Abissamra

Edição 345

Os ativos privados ganham relevância no portfólio dos brasileiros ano após ano. Investidores institucionais e as famílias passaram a discutir a alocação em estratégias como Private Equity, Venture Capital, Infraestrutura, Imobiliário e Florestal nas últimas duas décadas. O volume dos investimentos aumenta nos momentos de baixa da taxa de juros, realidade cada vez mais comum para os investidores locais.
A impossibilidade de resgate das posições a qualquer tempo, como nos investimentos em ações e renda

Ventos a favor na Infraestrutura Igino Zucchi de Mattos

Igino Zucchi de Mattos
Igino Zucchi de Mattos

Edição 344

As editorias de negócios dos jornais trouxeram manchetes animadoras recentemente, como essas: gás potencializará reindustrialização da economia; novo pré-sal caipira; energia renovável superando a geração de Itaipu; autorizações de ferrovias superam expectativas do Governo; portos batem recordes de circulação com rentabilidade; rodovias em marcha acelerada pelo país; iluminação pública e smart cities trazendo inovação para as cidades; universalização do saneamento trará R$ 753 bilhões em novos investimento

Os movimentos do mercado em 2022 Isabel Lemos

Isabel Lemos
Isabel Lemos

Edição 344

Trabalho no mercado há muitos anos e sou apaixonada pela área de mercado de equities. Me encanta a rapidez com que seus agentes precificam cada notícia, sejam estas diretamente relacionadas às empresas ou a temas globais. Difícil ter um assunto que passe despercebido e não impacte de alguma foma empresas, setores e, consequentemente, os índices. O mercado de ações, que por muitas vezes parece ter movimentos brutos e complexos, está, no fundo, sendo ajustado e precificado por diversas variáveis que são apre

Balanceamento das carteiras é essencial Fernando Lovisotto

Fernando Lovisotto
Fernando Lovisotto

Edição 343

Passado mais um ano, podemos dizer que muitas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (“EFPCs”) já estão muito acostumadas com o processo anual de revisão de suas Políticas de Investimentos (“PIs”). A revisão de cenários, de prêmios para cada classe de ativos, a atualização dos passivos ou metas de retorno e, por fim, a “combinação” desses elementos levando em conta o apetite de risco para a definição da macro alocação já estão bem arraigados na cultura das EFPCs. Podemos dizer isso, pois olhando os

Teste de fogo das novatas é pós-IPO Fábio Coelho

Fábio Coelho
Fábio Coelho

Edição 343

Nos últimos dois anos, o mercado de capitais brasileiro passou por um aprofundamento financeiro histórico, à medida que dezenas de empresas acessaram o mercado de capitais por meio de ofertas de ações (IPOs, na sigla em inglês) para aproveitar a liquidez global abundante. Mas, à medida que o cenário macroeconômico se torna mais desafiador, as novos entrantes precisam demonstrar eficiência na adoção das melhores práticas de governança para evitar destruição de valor.
Vale ressaltar que esse movimento

Pressão inesperada desequilibra o cenário Marcelo Cirne de Toledo

Marcelo Cirne de Toledo
Marcelo Cirne de Toledo

Edição 342

Nos deparamos, ao final de 2021, com boa parte do quadro macroeconômico correspondendo às expectativas e um problema inesperado. Vacinação em escala, reabertura das economias, robusta recuperação da atividade, políticas monetárias e fiscais expansionista em muitos países e ações dos governos para reduzir as desigualdades agravadas pela pandemia faziam parte do roteiro esperado. O grande desequilíbrio é que a inflação se mostrou significativamente mais elevada e difusa entre diversos países.
Mais da me

A saída está na prosperidade Arlindo Raggio Vergaças Jr

Arlindo Raggio Vergaças Jr.
Arlindo Raggio Vergaças Jr.

Edição 342

O Brasil vem tendo uma propensão a acomodar demandas sociais através da expansão do gasto público. Nem todas são legítimas, porém. Muitas advém do tripé formado por corporativismo, patrimonialismo e populismo, que nos acompanha há muito tempo. De acordo com dados do IBRE, entre 1986 e 2019, o gasto público federal saltou de 12,7% para 19,6% do PIB, um aumento de quase sete pontos percentuais. Para financiar esse aumento de gastos, a carga tributária também subiu 7% do PIB, do fim da década de 80 para cá. A