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Como fazer a gestão das carteiras com juros reais negativos Marcelo Pacheco

Marcelo Pacheco, Diretor executivo de gestão de ativos da BB DTVM
Marcelo Pacheco, Diretor executivo de gestão de ativos da BB DTVM

Edição 332

Finalmente 2020 está acabando! Que ano foi esse! Desafios vieram de todos os lados, principalmente pelo advento da pandemia. Mas vamos manter nossa análise restrita ao mundo dos investimentos. No início de 2020, a projeção do mercado para a taxa Selic em dezembro, divulgada pelo relatório FOCUS, era entre 4,25% aa e 4,50% aa. Mas a pandemia mudou tudo. Um dos fatos mais marcantes e relevantes do ano de 2020 foi o elevado estímulo monetário adotado pelo Banco Central como uma das medidas para enfrentar os i

O ano em que o improvável aconteceu Opinião: Vinicius Vieira

Vinicius Vieria é head de gestão de fundos de ações ativos da BB DTVM
Vinicius Vieria é head de gestão de fundos de ações ativos da BB DTVM

Sempre que um ano termina nos pegamos imaginando como será o próximo, e assim fazemos planos, traçamos metas e definimos objetivos. Sabemos que nem tudo vai ser como gostaríamos, afinal a vida é uma caixinha de surpresas. Certamente, a maioria de nós se viu nessa situação no fim do ano passado, pensando no que estaria por vir em 2020. É pouco provável, no entanto, que alguém imaginasse tudo o que aconteceu neste ano.
Uma das principais lições que esse ano nos proporcionou é que sempre pode existir o imponderável. Sempre haverá o risco

Selic deve se manter baixa Opinião: Paulo Gala

Paulo Gala é diretor-geral da FAR – Fator Administração de Recursos e economista
Paulo Gala é diretor-geral da FAR – Fator Administração de Recursos e economista

A âncora da inflação no Brasil está no mercado de trabalho depauperado e nas reservas cambiais. O déficit público primário indo a quase R$ 1 trilhão neste ano não é novidade. Gastamos em um ano praticamente o equivalente à economia de uma reforma da Previdência de uma década. Isso não fez a inflação disparar e o IPCA deve fechar 2020 na casa dos 3,5%.
A aceleração recente dos índices de preços por atacado, com destaques para IGPs e INCC, se deve a uma combinação de desvalorização cambial no Brasil e no mundo emergente com a alta de preç

Responsabilidade fiscal é a âncora Opinião: Alexandre Mathias

Alexandre Mathias é diretor de investimentos da Petros
Alexandre Mathias é diretor de investimentos da Petros

O cenário econômico a partir de 2021 depende fundamentalmente da percepção sobre o risco fiscal da economia brasileira. A confirmação da recuperação em “V” deveria afastar a tentação de flexibilizar o teto, mas a falta de uma definição elevou a incerteza e o custo do Tesouro, o que prejudica o preço dos ativos brasileiros e a própria recuperação.
A Covid-19 gerou uma emergência econômica e social, cuja mitigação levará a relação dívida/PIB de 75,3%, em 2019, para 95%, em 2020. A situação só não é explosiva porque o Banco Central pôde de

Ambiental não é modismo Opinião: Adacir Reis

Adacir Reis é advogado, presidente do Instituto San Tiago Dantas de Direito e Economia
Adacir Reis é advogado, presidente do Instituto San Tiago Dantas de Direito e Economia

Há quase vinte anos, por ocasião de escândalos corporativos nos Estados Unidos e dos debates que culminaram na criação da legislação Sarbanes-Oxley, ainda era possível se ouvir em algumas rodas de conversa que o tema da governança corporativa não passava de um modismo. Hoje ninguém mais duvida de que uma boa governança é vital para o sucesso de qualquer empreendimento empresarial.
Com o passar do tempo também ficou claro que sem o respeito aos diversos stakeholders, sem um firme compromisso social, a começar pelos empregados e pelos con

O futuro não será como era Opinião: Mauricio da Rocha Wanderley

Mauricio da Rocha Wanderley é diretor de investimentos da Valia
Mauricio da Rocha Wanderley é diretor de investimentos da Valia

A ideia aqui é realizar uma reflexão dos desafios da alocação dos fundos de pensão diante do cenário econômico pós-pandemia. Convido o leitor a se afastar da percepção de risco que ela nos trouxe. Neste cenário mais adverso temos a propensão a um apetite a risco menor, o que vai de encontro à necessidade de diversificação dos planos para o longo prazo.
É uma reflexão difícil, reconheço. Se você é um cético, que acredita que estamos em mais um ciclo insustentável de queda de juros reais e que será capaz de comprar aquela NTN-B maravilhos

Incerteza e desafios para 2021 Opinião: Tatiana Pinheiro

Tatiana Pinheiro é economista-chefe da BNP Paribas Asset Management
Tatiana Pinheiro é economista-chefe da BNP Paribas Asset Management

Este ano foi um ano difícil! Há quantos anos temos dito esta frase? A verdade é que cada ano traz consigo seus desafios. Neste sentido, 2020 foi um ano dificílimo, atingido por uma crise sem precedentes na história e que levou a reações sem precedentes também, vide o distanciamento social adotado por grande parte da população mundial e a ampliação dos programas de proteção às famílias e empresas via estímulos fiscais e monetários.
Entre final de abril e início de maio, União Européia e EUA, que representam cerca de 50% do PIB mundial,

Private equity e economia real Opinião: Alberto Camões

Alberto Camões é sócio-diretor do Grupo Stratus
Alberto Camões é sócio-diretor do Grupo Stratus

Mesmo antes da pandemia, investidores institucionais e family offices no Brasil já estavam com o desafio de investir em um ambiente de juros baixos. No início de 2020, os investidores brasileiros, depois de muitos anos com retornos de renda fixa altos quando comparáveis aos níveis internacionais, estavam começando um movimento de migração de renda fixa para outras categorias. A partir de março, se viram altamente impactados pelos efeitos da pandemia em ativos líquidos: queda de bolsa, incremento da percepção de risco de ativos de dívida priv

Introdução ESG na Prática Opinião: Francisca Brasileiro

Francisca Brasileiro é diretora da Tag Investimentos
Francisca Brasileiro é diretora da Tag Investimentos

O ano de 2020 certamente deixará legados, muitos deles não positivos. Mas também será conhecido como o ano em que as questões ligadas à ESG, ou ASG (Ambiental, Social e Governança) viraram o tema central nas discussões de investimentos, aqui e no mundo!
Podemos atribuir o gatilho à carta que o presidente da BlackRock enviou aos CEOs das companhias investidas, ou então ao foco dado ao tema no Fórum Econômico Mundial, mas a verdade é que o interesse nesse assunto vem crescendo a cada ano.
Mas, não podemos negar, que a Pandemia acele

Produtividade é o nome do jogo Opinião: Solange Srour

Solange Srour é Economista-chefe da Arx Investimentos
Solange Srour é Economista-chefe da Arx Investimentos

Após o relaxamento das medidas de isolamento social e o religamento de várias economias, assistimos a uma onda de otimismo em relação ao ritmo de recuperação da atividade no mundo. Dados recentes mostram que com a volta da mobilidade nos mais diversos países, o consumo foi retomado com força, assim como a confiança dos empresários.
O argumento de que o colapso econômico é em grande parte devido ao vírus ganhou força. Sendo assim, na ausência de uma segunda onda muito grave, o consenso é de que as economias voltarão a operar no mesmo rit