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EFPCs batem meta em março e em 12 meses, mostra estudo da Aditus

grafico 5Levantamento realizado pela consultoria de investimentos Aditus no mês de março junto a um grupo de 134 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com patrimônio consolidado de R$ 358 bilhões, apurou que o mesmo obteve uma rentabilidade média de 0,81% no mês, de 2,18% no trimestre e de 12,32% no acumulado de 12 meses.
As rentabilidades do mês e de 12 meses são superiores à referência atuarial média do grupo, mas a rentabilidade do trimestre não conseguiu bater a referência. A referência atuarial média do grupo é INPC + 4,40% ao ano, resultando em percentuais de 0,53% no mês, 2,64% no trimestre e 7,85% no acumulado de 12 meses.
“O mês de março não foi excepcional para o mercado, mas a inflação bastante baixa colaborou para que as metas fossem, em geral, atingidas. Não se pode dizer o mesmo para o trimestre: com a inflação de janeiro e fevereiro bastante elevada e mercado "de lado", o índice de atingimento de metas nos primeiros 3 meses do ano foi baixo. Não é algo que deva preocupar, por enquanto, uma vez que as projeções de inflação indicam que a tendência para o ano é que ela fique mais próxima daquela observada em março.â€, avalia o diretor da Aditus, Guilherme Benites.
Dos 622 planos que fazem parte do estudo, 191 são de Benefício Definido (BD), cuja rentabilidade média foi de 0,89% no mês, de 2,61% no trimestre e de 11,54% em 12 meses, superando o atuarial no mês e em 12 meses em 0,35pp e 3,58pp, respectivamente, mas ficando aquém em -0,06pp no trimestre (veja o estudo na íntegra clicando aqui).
Outros 263 planos são de Contribuição Definida (CD), cuja rentabilidade média foi de 0,80% no mês, de 2,10% no trimestre e de 12,71% em 12 meses. Também esse bloco superou a referência no mês e em 12 meses em 0,31pp e 4,51pp, respectivamente, mas ficou aquém em -0,33pp no trimestre.
E 168 planos são de Contribuição Variável, cuja rentabilidade média foi de 0,79% no mês, de 1,96% no trimestre e de 12,12% em 12 meses. Esse bloco também superou a referência no mês e em 12 meses em 0,23pp e 4,04pp, respectivamente, mas ficou aquém em -0,75pp no trimestre.
Da carteira total de investimentos, 87,66% estão alocados em renda fixa, 6,29% em renda variável, 4,20% em investimentos estruturados, 1,41% em investimentos no exterior e 0,44% em investimentos imobiliários.
A principal classe de ativos (renda fixa) rendeu 0,82% no mês, 2,54% no trimestre e 11,96% em 12 meses, enquanto a renda variável rendeu -0,41% no mês, -3,05% no trimestre e 26,77% em 12 meses. Já investimentos estruturados rendeu 1,01% no mês, 1,34% no trimestre e 7,12% em 12 meses, enquanto investimentos no exterior rendeu 2,89% no mês, 8,59% no trimestre e 19,31% em 12 meses. Investimentos imobiliários rendeu 1,18% no mês, 3,44% no trimestre e 21,94% em 12 meses.
Ao analisar a conjuntura, o estudo destaca que em março “a atividade industrial dos Estados Unidos continuou aquecida (com) temores sobre a inflação e quebra de expectativa por cortes na taxa de juros, (mas) apesar desses temores a bolsa americana apresentou um bom desempenho em março (S&P 500: ↑3,1%; Nasdaq 100: ↑1,2%; Dow Jones: ↑2,2%). O MSCI WORLD (BRL) teve ↑3,25% de rentabilidade no mêsâ€.
“No Brasil, o Copom se encontra otimista em relação ao cenário interno, mas pessimista com os dados dos EUA. Cenário de uma Selic de 9% até o fim do ano parece mais improvável. O Ibovespa sofreu por causa de um cenário de juros altos dos EUA, da UE e com a Selic acima de 10%, desvalorizando ↓4,53% nesse primeiro trimestre e ↓0,71% no mêsâ€.