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Santander Asset está conservadora com investimentos no exterior

Ruy_RibeiroSantader.jpgA área de soluções do Santander Asset Management, que tem 11 bilhões de euros sob gestão a nível global —cerca de 500 milhões de euros equivalentes são de clientes brasileiros, está mais conservadora do que nunca em relação à investimentos no exterior. Atualmente, 55% de recursos da área mandatados para investimentos no exterior estão em caixa, parte dos quais alocados em títulos de curto prazo. “Nunca estivemos tão conservadores†afirma o head global de soluções de investimentos quantitativos, Ruy Ribeiro.
Ele conta que em outubro de 2021 os recursos de exterior em caixa representavam apenas 20%, alcançando cerca de 50% entre fevereiro e março deste ano, com a guerra na Ucrânia, e subindo gradativamente desde então para os 55% atuais. Segundo Ribeiro, o percentual de recursos a serem mantidos em caixa é determinado pela política de risco da área, que avalia sistematicamente (por computadores) a volatilidade e a correlação dos ativos globais e, de forma tática, as tendências macro e dos preços globais dos ativos.
De acordo com Ribeiro, a área de soluções da SAM está conservadora em praticamente todas as grandes classes de ativos, com exceção das commodities e de algumas outras, muito específicas. Ele cita, na área de commodities, os bons retornos obtidos com petróleo, produtos agrícolas e energia, por exemplo. “A alocações nesses ativos ajudaram muito na rentabilidade do portfólioâ€, afirma.
Ribeiro fez uma apresentação da área de soluções da SAM à fundos de pensão brasileiros no último dia 15 de setembro, num seminário de um dia que ocorreu de forma presencial e online. Participaram do evento cerca de 100 pessoas, representando pouco mais de 50 fundos de pensão locais. “A idéia foi falar um pouco sobre investimentos no exterior dentro de uma visão de soluções, não de produtos, que leva em conta um grande número de fatores para tomar decisões de investimentoâ€, explicou. “Tem que levar em conta o passivo do cliente, o risco que quer assumir, se quer colocar limites para perdas, se quer hedge cambial etcâ€.
Segundo ele, a atual posição conservadora da área de soluções em relação à investimentos no exterior, com 55% dos recursos em caixa, sacrifica momentaneamente a rentabilidade da carteira. “Quando se investe no exterior, isso não quer dizer ter sempre 100% alocado em ativosâ€, diz. “De vez em quando tem que pensar em botar o pé no freio, mesmo que isso sacrifique um pouco a rentabilidadeâ€, conclui.