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Fundação Libertas terá cerca de 60% dos ativos geridos via FoFs

MarcosAurelioLitz LibertasCom ativos de R$ 4,03 bilhões, a Fundação Libertas está em etapa final do processo de seleção de gestores, a ser concluído em novembro, para a implementação a partir do final deste ano de um novo modelo de gestão em seus fundos de investimentos. À exceção da carteira própria, investida em títulos públicos federais, e da carteira de empréstimos, o restante dos recursos – que representam cerca de 60% dos ativos totais da fundação -, passarão a ser alocados integralmente por meio de Fundos de Fundos (FoFs) exclusivos, segundo informa Marcos Aurélio Litz, portfólio manager da entidade.
“Queremos que todos os planos geridos pela fundação - 13 planos, com seis patrocinadores – tenham acesso às diversas estratégias oferecidas nessa nova estrutura, bem diversificada, o que nos permitirá inclusive implementar o modelo de perfis de investimento”, afirma Litz.
Em relação aos reflexos da conjuntura sobre os investimentos, ele lembra que a fundação já veio reduzindo sua exposição a risco na renda variável ao longo de 2021, ao mesmo tempo em que colocou mais prêmio de títulos públicos – NTN-B – em sua carteira.
“O cenário tem sido bastante volátil e temos aproveitado bem o momento das NTN-Bs mas com cuidado, de forma gradativa. 2022 será um pouco mais difícil do que 2021 porque será um ano eleitoral e porque a inflação preocupa. O Bacen tem sido mais incisivo em sua atuação para conter a inflação com a alta da Selic mas é difícil dizer se conseguirá resultado”, avalia.
Atualmente, o percentual alocado em renda variável local está em 12% dos ativos totais nos planos CD e em 7,7% nos planos BD. Somando-se a parcela alocada em equities globais, esses percentuais sobem para 18% e 10% respectivamente, detalha Litz.
No momento a entidade está preparando os seus estudos de ALM e de fronteira eficiente mas a tendência é de que a exposição ao risco de renda variável fique ainda menor em 2022.
"A carteira como um todo está ficando um pouco mais conservadora e com gestão mais ativa porque o cenário poderá exigir maior competitividade para fazer ajustes ao longo do tempo”, pondera.