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Por diversificação, Real Grandeza vai vender lote de cinco FIPs

Patricia Queiroz RealGrandezaA Fundação Real Grandeza, dos funcionários de Furnas e da Eletrobras Termonuclear, está iniciando os preparativos para a venda de uma carteira com cinco Fundos de Investimento em Participações (FIPs), no valor total de cerca de R$ 125 milhões. O processo foi aprovado pelo comitê de investimentos da entidade no final de outubro, e os próximos passos são a contratação de uma consultoria externa para fazer a avaliação dos produtos, atualizando seus valores, antes de oferecê-los ao mercado. Segundo a diretora de investimentos da FRG, Patrícia Queiróz, o processo de venda deverá ser concluído apenas no primeiro semestre do ano que vem.
“Este ano não será possível finalizar o processo, no momento estamos bastante atarefados com a elaboração da política de investimentos da fundação”, explica Queiróz. “Após a avaliação da consultoria externa o processo de venda terá que ser aprovado pelo comitê de investimentos, acho que isso acontecerá somente no começo do ano que vem”. Segundo ela, a preferência da fundação é por vender os cinco FIPs, que estão distribuídos pelas carteiras dos planos BD e CD, em bloco.
De acordo com Queiróz, o principal motivo da venda é o esforço que demandam da equipe de investimentos. Investidos entre 2011 e 2013, os FIPs contam com a participação da fundação em seus comitês de investimentos, o que gera um comprometimento desproporcional da equipe de analistas em relação ao tamanho dos seus ativos. “Recursos humanos e recursos financeiros são hoje itens finitos, precisamos alocá-los bem”, explica a diretora de investimentos da FRG.
Os recursos a serem internalizados com a venda dos FIPs, distribuídos por vários gestores e com diversas teses de investimentos – como infraestrutura, tecnologia e imobiliária, serão alocados nas classes de renda variável, multimercados investimento no exterior e imobiliários. A capacidade da equipe de investimentos, liberada da tarefa de acompanhar os FIPs, poderá ser direcionada mais efetivamente à definição e acompanhamento de políticas de macroalocação e seleção de gestores. “Não queremos ficar discutindo stock-picking, este ou aquele papel, nosso projeto é de discutir macroalocação e seleção de gestores”, explica Queiróz.
Segundo ela, esse novo foco de priorizar a macroalocação e seleção de gestores externos permitirá à FRG avançar no objetivo de diversificar mais sua carteira de investimentos. O novo manual de seleção de gestores, adotado recentemente, ajudará nesse sentido. “O novo manual unificou num único documento todos os anteriores, que tratavam separadamente cada classe de ativos, além de padronizar e modernizar os processos de seleção”, diz.