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EFPCs tem déficit líquido acumulado de R$ 55 bilhões em junho

grafico 8O déficit líquido do sistema de previdência complementar fechado alcançou R$ 55,11 bilhões em junho deste ano, com 381 planos somando superávit acumulado de R$ 18,66 bilhões e 373 planos com déficit acumulado de R$ 73,76 bilhões. Isso representa uma piora em relação ao final de 2021, cujo déficit líquido era de R$ 36,56 bilhões, considerando os 389 planos que então apresentavam superávit acumulado de R$ 17,01 bilhões e outros 379 planos com déficit acumulado de R$ 53,57 bilhões. As informações são do Relatório Gerencial de Previdência Complementar referente ao 2º trimestre 2022 – com dados até o mês de junho.
Segundo o relatório publicado pela Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar (SURPC), ao final de 2020 o sistema tinha um superávit líquido de R$ 7,62 bilhões, resultado de 377 planos com superávit acumulado de R$ 34,79 e 234 planos com déficits acumulados de R$ 27,17. “Os resultados do ano superaram as expectativas, tendo em vista que naquela ocasião vivia-se uma pandemia mundial por conta da covid-19”, diz o relatório.
Dos R$ 55,11 bilhões negativos em junho de 2022, R$ 51,18 bilhões são oriundos dos planos de Benefício Definido. “Esse resultado desfavorável se deve, em certa medida, pela queda do Ibovespa, que acumulou resultado negativo de 5,99% no primeiro semestre de 2022. Cabe destacar que a inflação e os fatores externos, como por exemplo, a Guerra entre Rússia e Ucrânia tem gerado grande volatilidade no mercado financeiro mundial”, diz o relatório.
O relatório traz ainda um comparativo sobre a rentabilidade média da EFCs desde 2013. Nos últimos três anos a média foi de 14,3% em 2019, de 11,1% em 2020 e de 6,1% em 2021. Em 2022, até junho, foi de 5,2%. O comparativo mostra que os planos de Contribuição Definida (CD) renderam abaixo dos planos de Benefício Definido (BD) e Contribuição Variável (CV). Os CDs renderam 12,8%, 5,2% e 2,5% em 2019, 2020 e 2021, respectivamente. Já os BDs renderam 14,9%, 14,2% e 7,4% enquanto os CVS renderam 14,2%, 7,4% e 5% nos mesmos anos, respectivamente.
Em junho deste ano, do total de R$ 1,12 trilhão em investimentos dos fundos de pensão, R$ 690 bilhões estavam em títulos públicos, R$ 160 bilhões em outros instrumentos de renda fixa, R$ 150 bilhões em renda variável, R$ 50 bilhões em imóveis e 70 milhões em outros (incluindo cotas de fundos e operações com participantes).
Outro tema apresentado no relatório é a expansão do Regime de Previdência Complementar (RPC) dos entes federativos. Um total de 1.786 entes já aprovaram em suas câmaras legislativas leis prevendo a instituição de RPCs e em 404 deles os planos de previdência complementar já estão em funcionamento ou em processo de análise junto à Previc.
No total, o relatório aborda 10 tópicos: Informações cadastrais das EFPC/EAPC; População das EFPC/EAPC; Patrimônio das EFPC/EAPC; Resultados financeiros da EFPC; Contribuições e resgates dos planos/produtos das EFPC/EAPC; Benefícios pagos pelos planos/produtos das EFPC/EAPC; Custeio administrativo e rentabilidade das EFPC/EAPC; Investimentos das EFPC/EAPC; Previdência complementar do servidor público nos estados, DF e municípios; Cenário internacional da previdência complementar em 2020. Para acessar o relatório clique aqui